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"Não seremos um dinossauro", diz CEO da Stellantis em primeira conferência

O executivo à frente da companhia resultante da união entre Fiat Chrysler e Peugeot reforçou que a nova empresa deve investir em tecnologia nos próximos anos

Tavares: reforço tecnológico para enfrentar o futuro (Marlene Awaad/Bloomberg)

Tavares: reforço tecnológico para enfrentar o futuro (Marlene Awaad/Bloomberg)

KS

Karina Souza

Publicado em 3 de março de 2021 às 20h07.

Última atualização em 3 de março de 2021 às 20h10.

O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, não quer que a nova empresa seja vista como um "dinossauro" do setor automotivo. Em sua primeira conferência com analistas, realizada nesta quarta-feira (3), o executivo reforçou por diversas vezes as palavras "inovação" e "disrupção" como parte da estratégia de longo prazo da companhia. Segundo a Fortune, o investimento bilionário em baterias para apresentar novos modelos elétricos no showroom de 2022 e 2023 foram mencionados mais cedo.

Além disso, o executivo planeja voos mais altos em breve -- literalmente. Tavares reforçou que a empresa está investindo na Archer Aviation, companhia focada em fabricar veículos elétricos aéreos como forma de "desafogar" o trânsito nos próximos anos.

De acordo com Tavares, a empresa também deve manter as operações na China durante os próximos anos. Sem dar detalhes a respeito da estratégia local, afirmou que é necessário evitar a "commoditização" para ganhar espaço em um dos maiores mercados consumidores do mundo.

No trimestre, a empresa informou uma margem operacional ajustada de 7,1% no valor de € 3,4 bilhões para a Peugeot e uma margem de 4,3% e um lucro líquido ajustado de € 1,9 bilhões para a Fiat Chrysler.

As afirmações e a "postura defensiva" de Tavares fazem sentido. Enquanto Fiat e Peugeot são vistas como empresas tradicionais dentro do setor, concorrentes como a Tesla -- totalmente baseadas em tecnologia -- ganham cada vez mais espaço. Nesta quarta-feira, o banco UBS mais do que dobrou o preço-alvo da ação, de US$ 325 para US$ 730. O movimento consolida a trajetória de valorização que a empresa enfrenta: em 2020, o preço das ações aumentou 360% no ano passado.

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