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As 20 empresas premiadas de Melhores e Maiores de EXAME

Conheça as companhias que se destacaram num momento ainda complicado da economia brasileira

Melhores e Maiores: Edição especial de EXAME estará nas bancas, no site EXAME e no aplicativo EXAME na próxima quinta-feira, dia 16. (Exame/Exame)

Melhores e Maiores: Edição especial de EXAME estará nas bancas, no site EXAME e no aplicativo EXAME na próxima quinta-feira, dia 16. (Exame/Exame)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 21h05.

Última atualização em 13 de agosto de 2018 às 21h05.

São Paulo — As empresas que mais se destacaram em 20 setores da economia em 2017 foram premiadas nesta segunda-feira por EXAME. As companhias foram analisadas pela Fipecafi, fundação ligada à Universidade de São Paulo, para a edição especial Melhores e Maiores.

A publicação traz as companhias que conseguiram apresentar bons resultados na saída da recessão, além de um ranking das 500 maiores empresas do país. A edição Melhores e Maiores de EXAME estará nas bancas, no site EXAME e no aplicativo EXAME na próxima quinta-feira, dia 16.

Veja, a seguir, quais são as 20 empresas premiadas, e um resumo de suas estratégias para crescer num momento ainda complicado da economia brasileira:

Atacado: BR

Subsidiária da Petrobras, a BR é dona da maior rede de postos de combustíveis do país. Faturou quase 26 bilhões de dólares em 2017, lucrou 340 milhões de dólares e, com os recursos captados numa gigantesca oferta de ações, busca ser mais eficiente.

Autoindústria: Mahle

A fabricante de peças cresceu produzindo componentes para motores a combustão. Agora, está investindo cerca de 100 milhões de dólares em inovação. Um dos objetivos centrais é preparar a companhia para trabalhar com motores elétricos.

Bens de capital: Aeris Energy

Os resultados dessa fabricante de pás para geração de energia eólica foram bastante positivos em 2017: o faturamento cresceu 45%, para 210 milhões de dólares, e o lucro foi de 15 milhões de dólares, o que representou um retorno de 41% sobre o patrimônio.

Bens de consumo: Natura

A empresa de cosméticos começou a colher os frutos de sua transformação digital. Depois de encolher por quatro anos, as receitas da Natura aumentaram quase 1% em 2017 e o lucro mais que dobrou, chegando a 203 milhões de dólares.

Eletroeletrônicos: Multilaser

A empresa tem uma carteira de 3 000 produtos, voltados para as classes C e D. Vende de computadores a churrasqueiras. A variedade e a agilidade em mudar o portfólio são responsáveis pelo crescimento da companhia, que faturou 428 milhões de dólares no ano passado.

Energia: Focus

Com apenas oito empregados e dois anos de existência, a empresa, que comercializa energia no mercado livre, faturou 462 milhões de dólares e lucrou 7 milhões de dólares no ano passado. O resultado proporcionou um excelente retorno, de 89% sobre o patrimônio.

Farmacêutico: Cristália

Na contramão de concorrentes que passaram a investir em medicamentos genéricos, o laboratório Cristália apostou em inovações. Hoje, tem 105 patentes registradas e se tornou o maior fabricante de anestésicos da América Latina. A receita cresceu 17% em 2017, para 514 milhões de dólares.

Indústria da construção: MRV

A incorporadora, voltada para o mercado de baixa renda, aproveitou o recuo da economia para comprar terrenos mais baratos. Agora vive uma de suas melhores fases em quatro décadas. O retorno sobre o patrimônio, de 9,5%, é o maior do setor.

Indústria digital: Dataprev

A estatal investiu para melhorar seus processos de governança e sua estrutura comercial. Agora, busca novos negócios, dentro e fora do governo. Atualmente, os contratos públicos respondem por dois terços do faturamento, que foi de 375 milhões de dólares em 2017.

Infraestrutura: Cedae

A empresa de água e esgoto do Rio de Janeiro está em processo de privatização, mas não paralisou projetos internos. Investiu em melhorias de gestão e, com isso, terminou 2017 como a companhia com a melhor soma de indicadores no setor de infraestrutura.

Mineração: Vale

A Vale teve o maior lucro entre as 500 principais empresas do Brasil em 2017, de 5,3 bilhões de dólares. O resultado foi impulsionado pelo aumento do preço do minério de ferro e pelo fato de a companhia produzir, numa mina que começou a funcionar no fim de 2016, um minério de alta qualidade.

Papel e celulose: Klabin

A empresa vem apostando na área de embalagens, que já responde por 70% da receita. Inaugurou sua maior fábrica em junho de 2016, o que contribuiu para elevar o faturamento em quase 16%, para 2,6 bilhões de dólares, no ano passado. 

Química e petroquímica: Oxiteno Nordeste

O lançamento de produtos e as vendas ao mercado externo ajudaram a empresa a bater seu recorde de produção.  Com isso, o faturamento chegou a 704 milhões de dólares. A companhia fabrica insumos químicos que são utilizados na fabricação de agroquímicos, cosméticos, tintas e vernizes.

Saúde: Notredame Intermédica

Enquanto muitas empresas de planos de saúde perdem clientes, a Notredame Intermédica dobrou de tamanho nos últimos três anos. Em 2017, a faturou 1,6 bilhão de dólares, 25% mais do que no ano anterior. Seu lucro foi de 119 milhões de dólares, o que significou um retorno de 25% sobre o patrimônio líquido.

Serviços: Cielo

A processadora de operações com cartões teve de se reinventar para fazer frente ao aumento da concorrência. Por exemplo: passou a vender serviços de gestão para lojistas, em vez de oferecer apenas as maquininhas. O processo compensou. Em 2017, o lucro, de 1,1 bilhão de dólares, foi recorde.

Siderurgia e metalurgia: Usiminas

A empresa superou uma de suas maiores crises em 2017. Os acionistas entraram num acordo para injetar 1 bilhão de reais na companhia, os bancos concordaram em renegociar a dívida e a Usiminas passou a cortar custos e tomar ações para elevar a receita e gerar caixa. Mas uma explosão na usina de Ipatinga (MG) na última sexta-feira, dia 10, que paralisou os fornos da siderúrgica, pode prejudicar os resultados neste ano.

Telecomunicações: TData

Braço da empresa de telefonia Vivo que distribui conteúdos digitais, a TData desponta como o negócio mais rentável do grupo espanhol — e do setor. Faturou quase 1,2 bilhão de dólares em 2017, um crescimento de 51% em relação ao ano anterior, e teve um lucro de 385 milhões de dólares.

Têxtil: Beira Rio

Enquanto o setor calçadista brasileiro sofre com a concorrência externa, a fabricante Beira Rio continua crescendo. Nos últimos três anos, aumentou sua produção em 50%, alcançando 97 milhões de pares em 2017. Sua estratégia é produzir calçados de baixo custo e seguindo as tendências da moda.

Transportes: MRS

Pelas ferrovias geridas pela MRS passam um terço da carga ferroviária e 26% das exportações do país. A empresa tem investido em automação e renovação da frota. Em 2017, recebeu 15 novas locomotivas. Neste ano, vai receber 300 vagões. O faturamento chegou a cerca de 1 bilhão de dólares no ano passado.

Varejo: Lojas Renner

Enquanto o setor de varejo ensaiou uma leve recuperação em 2017, as vendas da Lojas Renner alcançaram quase 2 bilhões de dólares, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. A varejista foi a que mais gerou riqueza por empregado (72 200 dólares) e se destacou também em indicadores como rentabilidade do patrimônio (20%) e margem de vendas (11%). Por números como esses, foi eleita a Empresa do Ano desta edição.

 

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