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Não pode escolher CEO "na calada da noite", diz diretor do BNDES

José Batista Sobrinho, fundador da empresa, pai de Joesley e Wesley Batista, foi escolhido para assumir a presidência da empresa, o que desagradou o banco

JBS: a empresa negou que tenha havido irregularidades na reunião (Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: a empresa negou que tenha havido irregularidades na reunião (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 19h46.

São Paulo - O novo diretor de Planejamento e Crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos da Costa, afirmou que a JBS é um "caso excelente" para discutir a melhora da governança nas empresas brasileiras.

"Não podemos ter reunião na calada da noite para escolher o presidente, não só na JBS", disse a jornalistas após fazer palestra em São Paulo.

Costa disse que o BNDES está avaliando o caso e buscando uma saída que não penalize a empresa e seus acionistas, "mas que resgate o valor da companhia para os brasileiros".

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, criticou o acordo que escolheu o novo presidente da JBS, José Batista Sobrinho, conhecido como Zé Mineiro, o fundador da empresa, também usando a expressão "calada da noite" sobre a reunião e criticou que a reunião foi convocada às pressas.

Em nota nesta segunda-feira, 18, a JBS negou que tenha havido irregularidades na reunião.

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