Zeinal Bava, da Portugal Telecom: "É preciso dar tempo ao tempo porque as mudanças estratégicas na Oi levam um temo para mostrar os efeitos'' (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2012 às 15h03.
São Paulo - Para o presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, ainda é cedo para que se faça qualquer avaliação sobre os resultados da Oi em relação ao plano estratégico da empresa anunciado em abril deste ano. A PT é uma das acionistas controladoras da tele brasileira. "A Oi tem um plano estratégico desenhado que precisa ser cumprido", disse ele, enfatizando a decisão de investir em infraestrutura de fibra e 4G.
"Eles certamente podem aprender com os erros que cometemos aqui em Portugal, mas não dá para comparar a extensão do que foi feito aqui com o que precisa ser feito no Brasil. São 55 milhões de lares no Brasil contra 4 milhões em Portugal", disse ele. Bava disse, contudo, que telecomunicações é hoje um negócio de escala e que passa, necessariamente, pela mobilidade. "Não há caso no mundo de empresa de telecomunicações de sucesso que não seja líder em mobilidade".
Em relação aos riscos adicionais da Oi, por ser uma empresa mais suscetível a riscos regulatórios e enfrentar uma competição muito agressiva em todo o seu território, Bava reconhece que existem esses desafios, mas também existem vantagens que a Oi tem justamente por estar onde está.
"É preciso dar tempo ao tempo porque as mudanças estratégicas na Oi levam um temo para mostrar os efeitos. De qualquer maneira, nosso compromisso com eles, como parceiros estratégicos, é de longo prazo. Não olho o valor da empresa todos os dias", disse, após evento de tecnologia e inovação voltado a analistas e investidores realizado esta semana em Lisboa.