Negócios

Não há plano de venda de ações por diretores afastados, diz Hypera

João Alves de Queiroz Filho e Claudio Bergamo foram alvos de busca e apreensão na operação Tira-Teima, deflagrada pela PF no dia 10 de abril

Hypera: presidente recém-nomeado disse que organização das unidades de negócios da companhia permanecem as mesmas, mesmo com afastamentos (foto/Thinkstock)

Hypera: presidente recém-nomeado disse que organização das unidades de negócios da companhia permanecem as mesmas, mesmo com afastamentos (foto/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2018 às 15h45.

Última atualização em 27 de abril de 2018 às 15h45.

São Paulo - Recém nomeado como presidente da Hypera Pharma, o executivo Breno Oliveira afirmou que não há até o momento e até onde ele tem conhecimento um plano para venda de ações por parte de lideranças da companhia afastadas em meio à investigação da Polícia Federal.

Durante teleconferência com analistas e investidores, Oliveira foi questionado sobre se havia algum acordo na companhia que impedisse o maior acionista da empresa, o empresário João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Junior, e o executivo Claudio Bergamo de venderem as ações. Os dois foram alvos de busca e apreensão na operação Tira-Teima, deflagrada pela PF no dia 10 de abril.

"Não mudou nada do ponto de vista de composição acionária da companhia", disse Oliveira. Queiroz Filho e Bergamo foram afastados de suas funções na empresa.

Segundo Oliveira, o acordo de acionistas da companhia permanece o mesmo. Ele afirmou que o acordo prevê que - no caso de haver interesse de um acionista na venda de ações do bloco de controle - o acionista em questão deve oferecer a outros do bloco a possibilidade de compra. "Isso é um acordo que sempre existiu. Até onde eu sei, não há nenhum plano de venda de ações", completou.

Oliveira ainda foi questionado sobre se a mudança nos cargos da administração da empresa poderia alterar estratégias de negócios. Ele afirmou que a organização das unidades de negócios da companhia permanecem as mesmas.

A Hypera informou na quinta-feira que João Alves de Queiroz Filho apresentou pedido de afastamento voluntário de seu cargo de Presidente do Conselho de Administração, pelo período necessário à conclusão da apuração interna e das investigações, pelo Ministério Publico Federal.

Também Cláudio Bergamo dos Santos apresentou pedido de afastamento voluntário do cargo de diretor-presidente companhia e de membro do Conselho de Administração, pelo mesmo motivo. Neste período ambos se manterão completamente afastados de suas atividades na companhia.

Despesas

O novo presidente da Hypera também comentou sobre despesas de marketing da companhia. Ele afirmou que deve haver uma elevação nos próximos trimestres dessa linha de gastos em razão de a companhia ter fechado o patrocínio da transmissão dos jogos de futebol na TV Globo.

Com o início da transmissão dos campeonatos nacionais, cuja cota de patrocínio é mais cara, a despesa tende a subir na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Apesar disso, ele avaliou que há expectativa de estabilidade em comparação com 2017.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasHypera Pharma (Hypermarcas)Polícia Federal

Mais de Negócios

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida