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Não há jurisprudência para reprovar fusão, diz advogada da Kroton

De acordo com fontes que acompanharam as negociações, a tendência é que o Cade reprove a compra da Estácio

Kroton: segundo fontes, o Cade vetará a fusão (Germano Lüders/Exame)

Kroton: segundo fontes, o Cade vetará a fusão (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2017 às 17h19.

Última atualização em 28 de junho de 2017 às 17h20.

Brasília - A advogada da Kroton, Bárbara Rosenberg, defendeu, na sessão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que não há razão na jurisprudência do órgão para reprovar a compra da Estácio.

"A única conclusão possível é que, apresentados remédios que solucionassem concentração no mercado presencial e a distância, não haveria razão para decisão que não fosse a aprovação com restrições, mesmo que fortes", afirmou.

De acordo com fontes que acompanharam as negociações, a tendência é que o Cade vete a operação.

Bárbara afirmou que a Kroton sempre esteve aberta a negociar com o órgão e que se avançou em um acordo com a conselheira relatora, Cristiane Alkmin.

Segundo a advogada, foram oferecidos desinvestimentos nos oito municípios em que haveria maior concentração de mercado, com alienação integral de instituição no ensino a distância. O pacote negociado com a relatora também incluía oferta de marca.

"As requerentes estão convencidas de que foram ofertados remédios suficientes", completou.

A advogada argumentou que esse pacote de ativos vendidos criaria o quarto principal concorrente do setor de ensino superior.

Dados da consultoria especializada Hoper Educação apontam que a quarta maior companhia do setor é a Laureate, com 245,9 mil alunos no ano de 2016. A Kroton é a líder, seguida de Estácio e Unip.

Tanto a advogada da Kroton quanto o representante da Estácio, Márcio Dias Soares, defenderam que a operação seja aprovada.

"Na nossa visão, é claro que há possibilidade de endereçar integralmente todas as preocupações que podem surgir em relação à operação", completou.

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