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Na briga contra o Uber, 99 zera a taxa para taxistas

A empresa, que surgiu como uma startup de mobilidade voltada para táxis, hoje tem ainda mais carros particulares cadastrados em sua plataforma

 (Karin Salomão/Site Exame)

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Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 5 de outubro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 5 de outubro de 2018 às 06h00.

São Paulo - Para conquistar mais motoristas e, consequentemente, mais passageiros, a 99 cortou as taxas que são cobradas dos taxistas. Na cidade de São Paulo, o valor caiu de 10,99% para 4,99% e, no resto do Brasil, chegou a 0%. Os novos valores já estão em vigor e valem até dezembro.

A empresa, que surgiu como uma startup de mobilidade voltada para táxis, hoje tem ainda mais carros particulares cadastrados em sua plataforma, pela modalidade 99 Pop, que é também mais barata. Já com o desconto, a empresa pretende aumentar o número de corridas por táxi em 50% nos próximos três meses. “É uma decisão para acelerar o nosso crescimento”, diz Davi Miyake, diretor de Estratégia e Planejamento da 99.

De acordo com ele, muitos passageiros começam a usar o aplicativo por conta dos preços baixos na modalidade Pop e, a partir de então, passam a pedir carros também pelas outras modalidades. “Quem quer chegar mais rápido a um compromisso pode pedir um táxi e usar os corredores de ônibus”, diz ele.

Além do táxi comum, há também a modalidade 99 Táxi, que pode oferecer descontos. É o próprio taxista que decide se vai optar por dirigir com a tarifa promocional. É justamente para facilitar essa transição entre táxis comuns e os preços da 99 que a empresa cortou a taxa de seus parceiros. Se os taxistas não precisarem descontar a taxa que vai para a 99, estariam mais inclinados a aceitar as tarifas com desconto, diz o diretor.

A companhia, que se tornou o primeiro unicórnio brasileiro, tem sede de crescer. E, desde que foi adquirida pela chinesa Didi, em janeiro, tem o dinheiro e o apoio chineses para isso. Para combater seus concorrentes, como Uber e Cabify, aposta em preços baixos e na fidelização dos motoristas e clientes.

Em agosto, já havia reduzido o preço final ao consumidor e divulga propagandas enaltecendo seus preços baixos frente a concorrência. Em junho, criou um espaço para motoristas em SP.

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