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Na Arezzo&Co, economia circular da TROC dá fôlego à estratégia sustentável e ao second hand

Startup foi adquirida pelo grupo em 2020, e agora passará a atuar como um hub de economia circular para todas as marcas

Luanna Toniolo, CEO da TROC: brechó vai se tornar hub de economia ciruclar para a Arezzo&Co (TROC/Divulgação)

Luanna Toniolo, CEO da TROC: brechó vai se tornar hub de economia ciruclar para a Arezzo&Co (TROC/Divulgação)

Na Arezzo&Co, grupo que reúne marcas como Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever, Alme, Vans, Reserva e Baw Clothing, incentivar clientes mais arrojados a desapegar de seus pertences é uma missão que ganhou novo reforço há dois anos, com a aquisição da TROC, um brechó online que compra e vende itens usados.

O racional por trás da compra esteve em poder utilizar muito bem o potencial da inovação da TROC, principalmente em sua estrutura logística, para promover a sustentabilidade em todo o grupo. De lá para cá, o brechó se tornou o pilar ara a criação de um braço de economia circular até então incipiente no grupo de Alexandre Birman.

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A primeira a testar o modelo de slow fashion da TROC foi a própria Arezzo. Em um projeto piloto, clientes da marca recebiam sacolas da startup para o envio de peças e acessórios usados — fossem elas da Arezzo ou não — durante as compras em pontos de venda. Em troca, recebiam cupons para novas aquisições nas lojas.

A ideia era promover a logística reversa e ter um termômetro do interesse e disposição de clientes em enviar suas peças à TROC. Tudo isso enquanto a aquisição da startup corria em paralelo. Em um segundo momento, e após a compra, o mesmo modelo foi testado com a Alme, marca carbono neutro do grupo.

O bom desempenho da ação levou a Arezzo a decidir expandir de vez a ideia. Agora, é a vez da Schutz ter um projeto de economia circular com o brechó. Nele, serão distribuídas mais de 40.000 sacolas sustentáveis para estimular a devolução de peças para revenda, inclusive no e-commerce. Nesse processo, a TROC fica a cargo da coleta, divulgação e venda dos itens.

A expectativa é de que em 2024 todas as marcas do grupo adotem estratégias parecidas, e incorporem a economia circular em seu dia a dia, explica Suelen Joner, diretora de sustentabilidade do grupo Arezzo&Co. “Até lá, a economia circular será, sem dúvida, um dos temas prioritários para nós, ao lado de junto de assuntos como rastreabilidade das matérias-primas e redução das emissões de gases do efeito estufa”, diz. A empresa se comprometeu a atingir a neutralidade em carbono até 2050.

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O desafio agora está em disseminar uma ideia ainda pouco concebida entre a população, explica Luanna Toniolo, CEO da TROC. “Ainda precisamos construir esse paradigma e mostrar que economia circular é coisa de agora, que é algo já muito popular no mundo”, diz.

“O desafio está na educação sustentável e na comunicação que teremos para atrair mais vendedores. Afinal, tudo é experimentação, principalmente nesse mercado tão jovem da economia circular. São sementes que estamos lançando e, temos a certeza que algum momento vai brotar”.

O endosso da Schultz deve ajudar nesta missão. Segundo a CEO, há um pico de registros de novos vendedores no site da TROC desde que o novo modelo de logística reversa com a Schultz passou a funcionar, no último mês.

Segundo Joner, entre os pilares que apoiam a estratégia de sustentabilidade da Arezzo&Co, a TROC desempenha papel fundamental ao ajudar na conscientização a respeito do tema, além de impulsionar outras ações “verdes” da empresa. “É uma base para criação de valor em todas as marcas do grupo, nos aproxima dos pilares que estabelecemos mas também deixa claro para o consumidor o que é e a importância da economia circular”, diz.

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