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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
A venda de cervejas no Brasil, de longe a principal operação da Ambev, não decepcionou em 2005 e ajudou a companhia a fechar o ano com um lucro líquido de 1,5 bilhão de reais, valor 33,1% superior ao registrado em 2004. Já a receita líquida subiu 32,9%, fechando o ano com 12 bilhões de reais.
O volume de cerveja vendido no país foi o mais alto desde 1995. O resultado contribuiu para que a Ambev aumentasse ainda mais seu market-share nesse segmento. Líder absoluta na venda de cervejas no Brasil, a empresa tem hoje 68,3% de participação nas vendas totais - 2,1 pontos percentuais superior ao registrado em 2004.
O lucro da divisão América Latina Hispânica (Hila) também cresceu, mas de forma menos agressiva. Nessa região (que inclui República Dominicana, Guatemala, Equador, Peru, Venezuela, Nicarágua e El Salvador), o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu apenas 1,9% no ano passado. Segundo a Ambev, o resultados não foram tão bons em função da forte concorrência nos países onde a Hila opera.
Enquanto isso, a Quinsa - divisão que atua na Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai - teve um resultado excepcional, segundo a Ambev. As operações nesses países contribuíram com 28,9% para o Ebitda da companhia.
"Os resultados da Ambev no ano passado foram excepcionais, e todo esse empenho levou a empresa não apenas a obter excelente performance em 2005, mas também a abrir 2006 com um justo reconhecimento: a classificação de investment grade, concedida no início deste mês pela agência Fitch Ratings", diz João Castro Neves, diretor financeiro da Ambev, em comunicado ao mercado.
Já as vendas na América do Norte ficaram abaixo do esperado. O Ebitda na região cresceu apenas 5,5%, enquanto o previsto pela Ambev era atingir um aumento de 15%. Descontos praticados pela concorrência prejudicaram as vendas da empresa brasileira.