A Mittal Steel, maior grupo siderúrgico do mundo, obteve um lucro líquido consolidado (ainda não auditado) de 3,365 bilhões de dólares no ano passado. A cifra representa uma queda de 28% sobre os 4,701 bilhões registrados em 2004. Em um ano cujas vendas, em volume, cresceram 17%, para 49,178 milhões de toneladas, o grupo viu seu desempenho ser prejudicado pela alta dos custos de produção e pelo impacto negativo da incorporação de novas empresas.

O faturamento avançou 27%, para 28,132 bilhões de dólares, mas a expansão dos custos de produção e das despesas gerais e administrativas foi ainda maior. No total, esses gastos alcançaram 23,386 bilhões de dólares, um salto de 46% sobre o ano anterior. Com isso, o lucro operacional baixou de 6,146 bilhões para 4,746 bilhões na mesma comparação. A margem operacional também sentiu a conjuntura desfavorável: caiu de 28% para 17%.

Apesar da queda dos lucros, os números foram bem recebidos pela direção da companhia. "Estamos satisfeitos de divulgar um desempenho sólido em um ano desafiador. Este foi um ano de considerável progresso estratégico para a companhia, no qual expandimos nossa presença global e fortalecemos nossa integração vertical", afirmou Lakshmi Mittal, presidente do conselho de administração do grupo e da diretoria executiva, em nota divulgada nesta quarta-feira (15/2).

Em um primeiro momento, porém, algumas incorporações exerceram um efeito negativo sobre a contabilidade. A fusão das siderúrgicas ISG e Ispat Inland para criar a Mittal Steel USA, por exemplo, gerou um impacto negativo de 52 milhões de dólares no último trimestre, decorrentes de despesas para a adaptação de suas práticas contáveis às exigências dos órgãos fiscalizadores.