A americana Boeing encerrou 2005 com um lucro líquido de 2,56 bilhões de dólares. A cifra representa um incremento de 27% sobre o ano anterior. Baseada nesses resultados e no forte desempenho do último trimestre, a companhia elevou suas expectativas de ganhos para os próximos dois anos. Somente nos últimos três meses de 2005, o lucro líquido somou 460 milhões de dólares, mais que o dobro dos 186 milhões de igual período do ano retrasado.

A maior parte dos resultados deve-se aos contratos que a companhia mantém com as Forças Armadas americanas. Sua divisão de negócios batizada de Sistemas Integrados de Defesa é a que mais gera receitas para a Boeing. Apesar da disputa com outras empresas, a margem de lucro dessa unidade subiu de 8,9% para 11,4% no último trimestre, e encerrou 2005 com uma média de 10,8%.

O desempenho no segmento civil também foi positivo. A empresa fechou o ano com uma carteira de pedidos de 1 002 aeronaves, permanecendo atrás da européia Airbus sua maior concorrente pelo quinto ano consecutivo.

Novas projeções

Somente os ganhos do quarto trimestre representam um lucro de 58 centavos de dólar por ação, contra os 44 centavos esperados pelos analistas, e os 23 centavos de igual período do ano retrasado. O desempenho levou a empresa a rever suas projeções para os próximos anos. Para 2006, por exemplo, a espera agora um total de 3,25 a 3,45 dólares de lucro por ação, contra a estimativa anterior de 3,10 a 3,30. Para 2007, a faixa subiu para 4,10 a 4,30.

O volume de produção, porém, permaneceu inalterado. A empresa espera entregar 395 aeronaves em 2006. Para o ano seguinte, a estimativa é de 440 a 445 aparelhos. No ano passado, foram entregues 290 aviões, 30 menos que a previsão, devido aos prejuízos causados pela greve de quatro semanas enfrentada pela empresa, segundo o jornal britânico Financial Times.