EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
O grupo espanhol Repsol reduziu em 25% suas reservas comprovadas de petróleo e gás. O corte corresponde a 1,254 bilhão de barris equivalentes de petróleo (bep). A Bolívia, um dos países onde a companhia possui negócios, respondeu pela maior parte da redução (52%, ou 658 milhões de beps), seguida pela Argentina (41%), e pelos outros países em que a empresa atua.
A Repsol responsabilizou diretamente a nova Lei de Hidrocarbonetos da Bolívia, aprovada no ano passado e que cria um imposto de 32% sobre a extração de petróleo e gás natural, além do royalty de 18%, que já vigorava no país. Além disso, o recém-empossado presidente Evo Morales anunciou sua intenção de nacionalizar reservas de gás natural, a fim de que o governo possa controlar sua exploração. A Bolívia detém a segunda maior reserva de gás da América do Sul. "A introdução de uma nova lei inviabiliza comercialmente alguns projetos", afirmou a empresa em comunicado.
Na Argentina, a redução das reservas foi motivada por novos estudos, que detalharam o potencial de extração das áreas controladas pela Repsol. A empresa espera, contudo, que os cortes acarretem pouco impacto sobre seus negócios. A expectativa é que a revisão gere uma queda de menos de 50 milhões de euros em suas vendas futuras.