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Varig paga arrendatários e conclui venda de subsidiárias

Valor da venda é considerado baixo, mas aeronautas acreditam que se desfazer dos ativos é a "saída possível" no momento

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

A Varig concluiu, nesta quarta-feira (11/1), a venda de suas subsidiárias Varig Log, de logística, e Vem, de manutenção de aeronaves, para as empresas Volo Brasil e Aero-LB. O valor total da transação foi de 72,2 milhões de dólares, quantia 10 milhões acima da proposta inicial. A Volo Brasil é uma empresa constituída pelo fundo americano Matlin Patterson para participar da operação. Já a Aero-LB é uma sociedade de propósito específico criada pela companhia portuguesa TAP.

A Varig também pagará, nesta quinta-feira (12/1), o total da dívida com os arrendatários de suas aeronaves. Os recursos, que somam cerca de 56 milhões de dólares, foram obtidos por meio do adiantamento de recebíveis com o fundo Matlin Patterson e também pelas operações da própria companhia aérea. O pagamento será efetuado em audiência na Corte de Nova York.

Para o presidente da Varig, Marcelo Bottini, ambos os negócios são "mais uma prova de que a companhia está cumprindo os compromissos que assumiu com seus clientes, parceiros, credores e funcionários".

Já os funcionários receberam a notícia com cautela. "A venda das subsidiárias é a única notícia que poderíamos ter neste momento", afirma a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio. Segundo ela, as subsidiárias foram vendidas por um preço abaixo do que valeriam de fato. Um levantamento da consultoria Ernst & Young apontou, por exemplo, que somente a Varig Log valeria 170 milhões de dólares. Já a Vem foi avaliada em 120 milhões.

"A operação foi necessária para salvar a Varig, que está em processo de recuperação", afirma Graziella. A representante dos aeronautas lembrou que os sindicatos vinham se opondo à venda de ativos, sobretudo se os novos compradores não se comprometessem em investir nas empresas. O sindicato que preside, porém, não deve tentar barrar a conclusão do negócio. "É um fato consumado. Nossa expectativa agora é que a Varig volte a crescer", diz.

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