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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
A Volkswagen, a Shell e a Iogen Corporation anunciaram nesta segunda-feira (9/1) que vão realizar estudos de viabilidade econômica sobre a produção de etanol à base de celulose na Alemanha. Desenvolvido pela Iogen, este biocombustível pode ser usado em veículos já em produção atualmente e cortar emissões do gás carbônico em 90%, comparado com os combustíveis convencionais.
Enquanto o álcool brasileiro é extraído da cana-de-açúcar, o álcool de celulose da Iogen é feito da parcela não comestível de resíduos agrícolas como palhas de cereal e casca de milho. Segundo a Shell, além de ser um combustível completamente renovável, é "uma das maneiras mais efetivas de reduzir emissões de gás no transporte de estrada".
A tecnologia do etanol de celulose da Iogen é resultado de mais de 25 anos de pesquisa e desenvolvimento. A primeira remessa comercial do combustível foi feita em abril de 2004.
"Estamos seriamente comprometidos em reduzir a dependência de combustíveis fósseis e procurando a maneira mais eficaz para substituí-los por combustíveis renováveis", disse o executivo da Volkswagen, Bernd Pischetsrieder, no Salão Internaticional do Automóvel, em Detroit.
Os fabricantes de veículos autorizam o uso de misturas do etanol da celulose: 10% na América do Norte e 5% em Europa. Em 2003, a União Européia emitiu uma nota alertando para a escassez e os custos dos combustíveis fósseis. Na ocasião, os europeus projetaram que o biodiesel ocupará uma fatia de 5,75% do mercado em 2010. Nos Estados Unidos, o governo introduziu, em 2005, um padrão renovável dos combustíveis, indicando que se dobre o uso do etanol e do biodiesel até 2012.