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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
Um ano de bons resultados não foi suficiente para convencer os investidores de que a Coca-Cola reencontrou o caminho do crescimento sustentável. Enquanto as ações de sua maior concorrente, a PepsiCo, apresentaram valorização de 15% em 2005, os papéis da empresa continuaram estagnados, demonstrando o ceticismo do mercado em relação ao grupo, de acordo com o jornal britânico Financial Times.
Após assumir a presidência mundial da companhia em maio de 2004, Neville Isdell pôde, em 2005, cumprir seu primeiro exercício fiscal completo à frente da Coca-Cola. No ano passado, as vendas da empresa cresceram 5% - mais que o dobro da taxa registrada em 2004. Apesar disso, os analistas afirmam que é preciso cautela. "A empresa ainda necessita provar que pode obter dois anos consecutivos de sucesso", afirma Bonnie Herzog, analista do Citigroup.
Muito desse desempenho dependerá do êxito dos produtos que serão lançados neste ano, bem como da nova campanha publicitária mundial. Diversificar o portfólio da companhia e revitalizar a marca são dois desafios de Isdell, desde que assumiu a presidência. A Coca-Cola tem sido mais lenta que a Pepsi, por exemplo, no lançamento de novos refrigerantes, água mineral e sucos prontos.
A diversificação é espelhada pelo faturamento. Na Pepsi, os refrigerantes representam cerca de 20% das vendas globais da companhia. Já na Coca-Cola, o percentual sobe para 80%. Alguns sucessos recentes animam Isdell, no entanto. Entre eles, está a expansão de 11% das vendas de bebidas não-carbonatadas, lideradas pelo PowerAde, um isotônico para esportistas.