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Petrobras registra o segundo maior lucro da história das empresas

Lucro líquido acumulado até setembro só perde para o conseguido pela própria estatal no mesmo período de 2003

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

A combinação do aumento do volume físico de vendas com o reajuste dos preços em dólar, levou a Petrobras a conquistar um lucro líquido recorde no acumulado até setembro. Os 15,582 bilhões de reais divulgados nesta sexta-feira (11/11) são o segundo melhor resultado da história das companhias abertas brasileiras. Segundo a consultoria Economática, a cifra só perde para a registrada pela própria Petrobras no acumulado até setembro de 2003 um lucro de 16,717 bilhões de reais, em valores atualizados pelo IPCA.

Segundo a companhia, a produção de petróleo cresceu 11% no período e somou 1,832 milhão de barris diários. Já o volume de gás natural fornecido alcançou um patamar equivalente a 372 000 barris por dia, um incremento de 3%.

Além de aumentar o volume de produção, a Petrobras também se beneficiou da alta do petróleo no mercado mundial. O preço médio de venda do barril, nos nove primeiros meses do ano, foi 11% maior que o do mesmo período de 2004. Em valores, a cotação passou de 32,94 dólares por barril para 45,17 dólares, no Brasil, e 26,01 para 34,25 dólares no exterior.

Ajuda dos preços

Entre o aumento do volume físico de vendas e o reajuste dos preços internos e externos, foi este último que mais beneficiou as contas da Petrobras até setembro. A receita líquida acumulou 97,967 bilhões de reais até setembro uma alta de 16,5 bilhões em relação ao mesmo período de 2004. Somente o aumento de preços respondeu por 74,5% desse acréscimo. O incremento físico de vendas representou apenas 18% desses 16,5 bilhões.

Os custos de bens e serviços subiu 17%, para 55,049 bilhões de reais. De acordo com a estatal, o custo de extração de petróleo, no Brasil, subiu 33% no período, alcançando 5,54 dólares por barril preço sem a participação governamental. Nos outros países em que atua, o custo subiu 8%, para 2,69 dólares. Refinar o óleo cru também ficou 50% mais caro em território nacional. O barril de combustível refinado fechou o terceiro trimestre em 1,93 dólares, contra 1,29 dólares no exterior uma alta de 19%.

A desvalorização do dólar melhorou o perfil de endividamento da companhia. No final de setembro, a dívida total era de 47,413 bilhões de reais, 6% menor que no final de junho. A dívida líquida (que considera os recursos em caixa) sofreu uma redução maior 21% e fechou o trimestre em 26,203 bilhões. Em 30 de setembro, o patrimônio líquido era de 75,752 bilhões de reais, contra 70,1 bilhões em junho.

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