Mundial de Clubes 2025: gestão dos prêmios pode impactar as finanças dos clubes (Luke Hales / AFP)
Redatora
Publicado em 2 de julho de 2025 às 18h15.
Última atualização em 2 de julho de 2025 às 18h54.
O novo Mundial de Clubes da FIFA, realizado em 2025, já entrou para a história do futebol como um marco financeiro.
Com prêmios que ultrapassam a marca de US$ 125,8 milhões para o campeão, a competição se torna uma das mais lucrativas do calendário esportivo global, superando inclusive muitas receitas anuais de clubes em ligas locais.
As informações foram retiradas da revista Sports Illustrated.
O torneio evidenciou disparidades, mas também abriu oportunidades inéditas para equipes menos tradicionais.
O Auckland City, da Nova Zelândia, por exemplo, levou US$ 4,6 milhões, valor equivalente a vencer a Liga dos Campeões da Oceania 61 vezes. Já o Inter Miami, mesmo com a eliminação precoce, somou US$ 21,1 milhões.
Os gigantes europeus lideram o ranking de prêmios no Mundial. Real Madrid (US$ 61,5 milhões), Bayern de Munique (US$ 58,2 milhões) e PSG (US$ 55,9 milhões) ocupam as primeiras posições entre os mais bem pagos do torneio.
A forte presença europeia reflete não apenas o desempenho em campo, mas também critérios comerciais e de ranking que garantem fatias maiores do que a FIFA chama de “Pilar de Participação”.
A FIFA definiu faixas distintas de premiação inicial: clubes europeus receberam de US$ 12,81 a US$ 38,19 milhões; sul-americanos, US$ 15,21 milhões; clubes das Américas Central e do Norte, África e Ásia, US$ 9,55 milhões. A Oceania ficou com US$ 3,58 milhões.
Vitórias em grupo e progressão no torneio rendem bônus adicionais que podem quase dobrar o valor recebido.
O formato atual exige que clubes pensem estrategicamente: investir para competir bem significa colher grandes retornos financeiros.
Clubes como o Chelsea, que arrecadou US$ 53,6 milhões, já destinam parte da quantia a reforços e expansão de marca.
A relação direta entre performance e faturamento fortalece a profissionalização da gestão esportiva.A nova estrutura do torneio evidencia a importância de uma governança financeira sólida no futebol moderno.
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O sucesso esportivo, cada vez mais, será reflexo direto de decisões administrativas e financeiras assertivas.
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