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Multinacionais investem em fábricas de alimentos para pets

Mercado movimenta quase R$ 13 bilhões ao ano no país


	Neslté Purina: empresa vai investir R$ 500 milhões nos próximos quatro ano
 (Guido Krzikowski/Bloomberg)

Neslté Purina: empresa vai investir R$ 500 milhões nos próximos quatro ano (Guido Krzikowski/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2016 às 11h51.

São Paulo - Apesar da expectativa de retração de 5% para o mercado pet no Brasil no País em 2016, duas gigantes multinacionais estão apostando alto em novas linhas de produção de comida para animais domésticos, mercado que movimenta quase R$ 13 bilhões ao ano no País.

A Nestlé Purina - braço da suíça Nestlé - vai investir R$ 500 milhões nos próximos quatro anos, valor que incluirá uma nova fábrica. Já a americana Mars aplicará R$ 250 milhões até 2018. O valor considera uma nova unidade industrial de R$ 160 milhões, que está sendo construída em Ponta Grossa (PR).

O que motiva a corrida dessas empresas mesmo no cenário de crise é o potencial do mercado pet no Brasil, que cresceu acima de 10% ao ano, ao longo das últimas duas décadas. Segundo dados do Ibope, porém, menos de 40% dos donos de animais domésticos alimentam seus animais com produtos processados. A ideia das grandes companhias do setor é fazer este porcentual crescer.

Apesar desse espaço que ainda pode ser explorado, o Brasil tem grande importância para os setor: o País é o segundo maior consumidor de produtos para pets depois dos Estados Unidos. O segmento como um todo movimenta cerca de R$ 18 bilhões ao ano.

Segundo Sandro Cimatti, diretor da consultoria em marcas CVA, as multinacionais têm um domínio relativamente baixo do mercado. "Atualmente, há 29 marcas de ração que atuam em nível nacional", diz o consultor. Somadas, as duas líderes - Mars e Nestlé - somam 36,8% do mercado. Hoje, segundo apurou o Estado, a Mars fatura cerca de R$ 1,2 bilhão em sua unidade de alimentos para animais, enquanto a receita da Nestlé estaria em R$ 600 milhões.

Lançamentos. Segundo o diretor-presidente da Nestlé Purina, Anderson Duarte, uma das armas que a multinacional usará em 2016 será o relançamento da marca Bonzo, que ficou fora de circulação por 15 anos. A Bonzo será posicionada como marca de "entrada", com preços mais baixos. "O momento (da economia) pede ações mais competitivas", explica Duarte.

A Mars também está ampliando seu escopo de marcas. No começou do ano, iniciou a produção da Eukanuba no Brasil - linha que pertencia à Procter & Gamble e foi comprada globalmente, há dois anos, pela americana. A Mars é dona das líderes em alimentos para cães e gatos no País, segundo a consultoria CVA: Pedigree e Whiskas, respectivamente.

Empresas de menor porte também estão em fase de expansão. A espanhola Guabi, por exemplo, vai investir R$ 64 milhões para ampliar sua atual fábrica. Uma das estratégias da companhia é brigar com a Purina, da Nestlé, que tem forte presença em supermercados. "Acho que há espaço para ração com valor agregado em supermercados, algo que os concorrentes não ofertam ainda no Brasil", diz o presidente da Guabi, Eduardo Aron.

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