Negócios

Multiplus busca parceiros no setor de supermercados

Segundo projeções, nos próximos três a cinco anos os resgates "não-aéreos" vão representar de 20 a 25 por cento dos pontos resgatados da companhia

Para Raymond James, empresa de fidelidade deve anunciar novas parcerias ainda este ano (Jonne Roriz)

Para Raymond James, empresa de fidelidade deve anunciar novas parcerias ainda este ano (Jonne Roriz)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 22h41.

São Paulo - A Multiplus, companhia que administra o programa de fidelidade da TAM, busca reduzir sua dependência da companhia áerea e segue em busca de novos parceiros, especialmente no setor de supermercados.

O presidente-executivo da Multiplus, Eduardo Gouveia, disse em recente entrevista à Reuters que, no momento, a Multiplus busca um nome no setor de supermercados. Havia uma parceria com o Wal-Mart, mas que foi desfeita pela rede, após mudar sua estratégia no Brasil, em 2010. "Estamos buscando redes regionais de varejo para compor nosso portfólio", afirmou o executivo.

Entre os possíveis parceiros, Gouveia citou nomes como Zona Sul e Prezunic, no Rio de Janeiro, e St Marche, Mambo e Santa Luzia, em São Paulo. "Cada região ou Estado vai ter parceiro dominante, focado no consumidor perfil A-B", afirmou.

A companhia procura, ainda, parceiros nas áreas de academia de ginástica, seguros, home centers -áreas que, segundo o presidente, deverão ser preenchidas até o final do ano. A intenção é que o número de parceiros se estabeleça entre 250 e 300 até 2013.

A Multiplus iniciou suas operações em janeiro de 2010 como uma rede de coalizão criada a partir do programa TAM Fidelidade. Em fevereiro daquele ano, a companhia levantou quase 724 milhões de reais em uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).


Constituída como um negócio em uma entidade separada da TAM, a Multiplus passou a assumir a atividade operacional de acúmulo e resgate de pontos relativos à companhia aérea e a venda de pontos a parceiros comerciais.

Assim, o resgate de passagens aéreas é o principal negócio da Multiplus. "Quer queira ou não, a passagem aérea é o bem mais aspiracional da empresa", disse o executivo.

Segundo suas projeções, nos próximos três a cinco anos os resgates "não-aéreos" vão representar de 20 a 25 por cento dos pontos resgatados da companhia. No primeiro trimestre, a TAM respondeu 96 por cento do total.

No final de março, o número de clientes registrados na Multiplus era de perto de 10 milhões de pessoas. Segundo Gouveia, poderão ser adicionados mais dois milhões em 2012.

LATAM

A Multiplus também aguarda a união definitiva de sua controladora TAM e da chilena LAN, que vai dar origem à maior companhia aérea da América Latina, a Latam.

Segundo o executivo, pode ocorrer desde uma parceria da Multiplus com o programa de fidelidade da LAN a uma integração total das operações, fazendo com que a empresa de fidelidade opere em toda a América do Sul.


"Ainda não sentamos com o pessoal da LAN para discutir as estratégias e oportunidades. Isso deve ocorrer em junho, mas se ocorrer alguma decisão, é para o ano que vem", disse Gouveia.

A TAM e a LAN lançaram a oferta de troca de ações da empresa brasileira pela chilena nesta quinta-feira, após aval à operação dado por reguladores no Brasil e nos Estados Unidos.

De acordo com Gouveia, que concedeu a entrevista antes do registro da oferta de permuta envolvendo ações de sua sócia majoritária, ter operações internacionais não estava entre as prioridades da Multiplus neste momento.

"No futuro poderia acontecer. Não era prioridade da gente (...) era, sim, implementar no Brasil, trazer mais participantes. Mas se tem uma oportunidade legal lá fora, talvez valha a pena olhar."

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