Opel: Karl-Thomas Neumann, sexto chefe da Opel na última década, tem causado barulho na deficitária divisão, conseguindo um investimento de vários bilhões de euros dos patrões em Detroit (Ina Fassbender/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 13h21.
Frankfurt - A reorganização administrativa da General Motors e a diminuição da aliança com a PSA Peugeot Citroen criaram nova incerteza sobre a estratégia da montadora norte-americana para a marca Opel, justamente no momento em que o negócio europeu parecia ter garantido um futuro.
Karl-Thomas Neumann, sexto chefe da Opel na última década, tem causado barulho na deficitária divisão, conseguindo um investimento de vários bilhões de euros dos patrões em Detroit.
O alemão de 52 anos também pareceu ganhar uma importante vitória quando a GM disse que iria desistir da sua marca Chevrolet na Europa, concentrando recursos na Opel e na marca-irmã Vauxhall.
Mas alguns funcionários da Opel temem que esses avanços sejam ameaçados após a nomeação neste mês da nova presidente-executiva da GM, Mary Barra. O antigo CEO Dan Akerson disse que Barra havia sido escolhida porque tinha "levado ordem ao caos" no desenvolvimento global de produtos, encarregando-a de tornar o desenvolvimento de veículos ainda mais eficiente.
As palavras despertaram preocupação na Opel, que sente uma pressão constante para usar plataformas globais e minimizar o caro nível de personalização para o mercado europeu, o que vem prejudicando sua capacidade competitiva, afirmou um ex-executivo da Opel à Reuters.
A mudança na administração da GM também vai ver Steve Girsky, que fez uma campanha de sucesso por mais investimento na Opel, deixar seu cargo de vice-presidente da montadora.
"Um dos principais protagonistas da Opel está saindo e ninguém sabe se a GM manterá seu alto nível de comprometimento com a Europa", afirmou à Reuters um membro da equipe da Opel, que não quis ser identificado.
Um porta-voz da GM em Detroit disse que não houve mudanças na postura da empresa em relação à Opel.