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Mudança no ranking das cervejas

Pesquisa da Nielsen vai mostrar uma troca de posições entre as cervejarias que disputam o segundo escalão do mercado

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 16h35.

Uma importante mudança no competitivo mercado de cervejas será anunciada logo mais, com a divulgação da mais recente pesquisa do Instituto Nielsen sobre o setor referente a abril. A liderança continua com a Ambev, que mantém uma margem folgada em relação às demais cervejarias do país. Já no segundo escalão, onde Schincariol, Femsa e Petrópolis disputam cerca de 30% do mercado, a briga ficou mais apertada e houve mudança de posições. Uma das principais empresas do setor perdeu participação de mercado e foi ultrapassada por uma rival.

Desde o segundo semestre do ano passado, quando a Femsa investiu cerca de 200 milhões de reais no lançamento da Sol, o mercado de cervejas vive dias de competição intensa. A empresa, que enfrentou uma queda expressiva de participação de mercado no primeiro semestre do ano passado, teve uma leve recuperação no fim do ano, graças principalmente ao reposicionamento da Kaiser, que passou a concorrer com cervejas mais baratas como Nova Schin e Antarctica.

Um reflexo evidente do aumento da competição no setor foi a queda na participação de mercado da líder Ambev. Pela primeira vez em três anos, a empresa viu sua fatia ficar abaixo dos 67%, quando o normal é estar ao redor dos 70%. A queda é significativa, principalmente levando-se em conta que cada ponto percentual significa cerca de 100 milhões de dólares anuais em vendas. A reação da Ambev aconteceu em abril. A empresa comprou a Cintra, que vinha sendo assediada por quase todas as empresas do setor e havia firmado um compromisso de venda com a Petrópolis.

O movimento da Ambev foi visto pelo mercado como uma tentativa de barrar a concorrência. Para a Petrópolis, a aquisição da Cintra representaria a possibilidade de aumentar, imediatamente, sua capacidade de produção. A cervejaria, dona das marcas Itaipava e Crystal, tem cerca de 8% do mercado e sua capacidade de produção está no limite.

Já para Schincariol e Femsa, a marca Cintra seria o ativo mais valioso. Ambas têm problemas para aumentar suas vendas no Rio de Janeiro. As marcas Nova Schin e Kaiser enfrentam grande resistência dos cariocas. Já a Cintra, pouco conhecida nacionalmente, tem mais de 5% do mercado fluminense. Com as mudanças no ranking de abril, a competição deve ficar ainda maior. E novos lances devem ocorrer em breve.

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