Negócios

Muçulmanos boicotam Cadbury por chocolate com DNA de porco

Empresa britânica de doces afirmou, no Twitter, que entende a importância do "halal" (aquilo que é permitido na religião islâmica) e que investiga o problema

Membros de grupo de atacadistas e varejistas muçulmanos jogaram chocolates da Cadbury em lixeira (Samsul Said/Reuters)

Membros de grupo de atacadistas e varejistas muçulmanos jogaram chocolates da Cadbury em lixeira (Samsul Said/Reuters)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 2 de junho de 2014 às 20h38.

São Paulo - A Cadbury está enfrentando a revolta de vários grupos muçulmanos na Malásia.

Isso porque estudos comprovaram que dois chocolates da empresa britânica continham DNA de porco, algo que contraria a religião islâmica.

A Cadbury fez um recall dos doces assim que foi informada da descoberta. Mas a indignação foi tanta que grupos de varejo e de proteção ao consumidor convocaram um boicote.

Um dos grupos, que responde por 800 lojas, resolveu não só aderir à causa, mas ampliar o protesto e deixar de comprar todos os produtos feitos pela Mondelez, que administra a Cadbury, e pela Kraft Foods dos Estados Unidos (que faz os biscoitos Oreo). 

"Mesmo que só dois produtos tenham sido descobertos contaminados, já que o mesmo mecanismo de fabricação é usado para outros produtos, existe a dúvida nas nossas mentes se todos poderiam ser expostos ao mesmo tipo de contaminação", disse o conselheiro da Associação de Atacadistas e Varejistas Muçulmanos da Malásia em entrevista à Reuters.

No Twitter, a Cadbury emitiu um comunicado dizendo que entende a importância do "halal" (o que é permitido na religião islâmica) para os muçulmanos e que está trabalhando com as autoridades para investigar o problema com urgência.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoCadburyChocolatecomida-e-bebidaDocesEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetInternetKraft HeinzMondelezMuçulmanosRecallRedes sociaisTwitter

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades