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Mubadala negocia compra de fatia na Invepar, dizem fontes

Segundo duas das fontes, o Mubadala, com sede em Abu Dhabi, está em negociações avançadas para comprar 24,4% da Invepar

Invepar: um acordo provocaria reformulação do acordo de acionistas entre OAS e os três fundos de pensão que têm uma fatia conjunta de 75,6% da Invepar (Andre Lessa/EXAME)

Invepar: um acordo provocaria reformulação do acordo de acionistas entre OAS e os três fundos de pensão que têm uma fatia conjunta de 75,6% da Invepar (Andre Lessa/EXAME)

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Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 16h43.

São Paulo - O fundo Mubadala está negociando a compra de umafatia minoritária na Invepar e injetar capital novo para alavancar projetos da empresa e reduzir a dívida, disseram três pessoas com conhecimento direto do assunto nesta quinta-feira.

Segundo duas das fontes, o Mubadala, com sede em Abu Dhabi, está em negociações avançadas para comprar 24,4 por cento da Invepar de um grupo de investidores que obtiveram a fatia na justiça com a reorganização da OAS, um dos sócios da empresa.

A OAS entregou sua fatia na Invepar no mês passado. Um acordo, que pode ser anunciado no fim de fevereiro ou início de março, provocaria reformulação do acordo de acionistas entre OAS e os três fundos de pensão que têm uma fatia conjunta de 75,6 por cento da Invepar, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as conversas estão em andamento.

Como parte do plano, o Mubadala concordaria para injetar capital na Invepar para refazer o acordo, disseram as fontes.

A injeção de capital poderia diluir as participações que Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, Petros, da Petrobras e Funcef, da Caixa Econômica Federal, têm na Invepar, disseram duas fontes.

Em nota à Reuters, o Mubadala disse que está "sempreà procura de oportunidades em setores e geografias com fortepotencial".

A OAS e representantes para o grupo de credoresnão quiseram comentar. A Previ não quis comentar, enquanto Petros e Funcef não comentaram de imediato.

Interesse antigo

A primeira incursão do Mubadala no Brasil em 2012 aconteceu por meio de uma parceria com Eike Batista, de quem comprou participação e concedeu empréstimos aos negócios de mineração, energia e logística do Grupo EBX.

O colapso da EBX deixou o Mubadala com o controle de várias empresas de Eike, incluindo um porto, um hotel e uma fatia de 300 milhões de dólares que ele tinha no Burger King Holdings.

A Invepar opera estradas, aeroportos e projetos de mobilidade urbana, incluindo o aeroporto de Guarulhos, e os sistemas de transporte urbano MetrôRio e VLT Carioca, no Rio. A Invepar já tinha sido alvo de interesse de empresas globais como a canadense Brookfield e a francesa Vinci.

A Brookfield descartou comprar participação da OAS por divergências estratégicas. O grupo de investidores poderia vender a participação por mais de 2 bilhões de reais, disseram as fontes.

Os credores assumiram a fatia na Invepar em troca de seu resgate de 1,25 bilhão de reais de dívida da OAS.

 

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