Negócios

MRV espera 2016 igual ou melhor que 2015, diz presidente

A MRV Engenharia espera que 2016 seja um ano com vendas e lançamentos de imóveis em níveis semelhantes ou um pouco melhores que 2015, diz presidente


	MRV: a empresa divulgou mais cedo que encerrou 2015 com queda de 8,6 por cento nas vendas de imóveis residenciais
 (Divulgação)

MRV: a empresa divulgou mais cedo que encerrou 2015 com queda de 8,6 por cento nas vendas de imóveis residenciais (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 19h33.

São Paulo - A MRV Engenharia espera que 2016 seja um ano com vendas e lançamentos de imóveis em níveis semelhantes ou um pouco melhores que 2015, apesar dos desafios impostos pela economia do país, disse o presidente da construtora e incorporadora, Rafael Menin, nesta quarta-feira.

A empresa divulgou mais cedo que encerrou 2015 com queda de 8,6 por cento nas vendas de imóveis residenciais, a 5,489 bilhões de reais, enquanto os lançamentos tiveram crescimento de 8,4 por cento, a 4,7 bilhões.

Considerando apenas o quarto trimestre, as vendas caíram 7,1 por cento no comparativo anual, mas avançaram 5,2 por cento sobre os meses de julho a setembro, a 1,378 bilhão de reais. Já os lançamentos subiram 35,1 por cento ano a ano e 56 por cento sobre o terceiro trimestre de 2015, para 1,631 bilhão de reais.

"O ano de 2016 vai ser muito desafiador (...) Mas a gente tem a expectativa de que a MRV poderá fazer um ano em linha ou um pouco melhor que 2015, dependendo da economia. Achamos possível um ano parecido em termos de vendas e lançamentos", afirmou o presidente da construtora em entrevista à Reuters.

Os números foram divulgados um dia após a empresa comemorar atingimento da marca de 300 mil unidades residenciais lançadas no país em cerca de quatro décadas de atividades.

Menin citou como um dos motivos para o relativo otimismo o lançamento do programa habitacional Minha Casa Minha Vida 3, em dezembro passado pelo governo federal.

O programa foi lançado, mas o governo até agora não chegou a um consenso sobre as regras que vão nortear a concessão de financiamentos para a chamada "faixa 1,5", voltada a famílias com renda mensal de até 2,35 mil reais.

Segundo Menin, não há acordo ainda sobre detalhes do financiamento da nova faixa, como valor máximo dos imóveis e qual o percentual de participação dos recursos do FGTS. "Talvez em 2 ou 3 meses isso seja resolvido", afirmou o executivo.

Na avaliação de Menin, os fundamentos do mercado de imóveis novos para o segmento econômico seguem semelhantes aos do ano passado.

"O cliente do imóvel econômico ainda tem como 'funding' o FGTS com juros baratos e quando ele compara a prestação do imóvel com o valor do aluguel ele opta pela compra", afirmou o executivo. "O cliente do imóvel econômico é o cliente do primeiro imóvel, que compra por necessidade. É diferente do cliente de média e alta rendas, que esperam um pouco para comprar se a economia está ruim", acrescentou.

Na semana passada, a Cyrela Brazil Realty, que atua em segmentos acima do econômico operado pela MRV, divulgou quedas de 66,4 por cento nos lançamentos e de 55,3 por cento nas vendas do quarto trimestre.

Segundo o boletim operacional da MRV, as condições de mercado para aquisição de terrenos continuam favoráveis, com isso o banco de terrenos da companhia teve alta de 8,5 por cento no comparativo com o terceiro trimestre e de 25,2 por cento em relação ao quarto trimestre de 2014.

Acompanhe tudo sobre:Construção civilEmpresasImóveisMRVVendas

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões