Samarco: rompimento da barragem em Mariana (MG) foi considerado o maior desastre socioambiental da história do Brasil (Reuters/Ricardo Moraes/Reuters)
Reuters
Publicado em 18 de abril de 2018 às 11h57.
Última atualização em 20 de abril de 2018 às 12h23.
Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal, a Samarco e as donas da mineradora vão solicitar à Justiça nova postergação, agora de 30 dias, do prazo para a conclusão de um acordo sobre o modelo de governança que irá reger as ações de reparação a favor dos atingidos pelo rompimento da barragem da empresa em 2015, informou o MPF à Reuters nesta quarta-feira.
O prazo para a conclusão do acordo está previsto para terminar na próxima sexta-feira.
As discussões ocorrem como parte de um pacto, ainda sem previsão para ser fechado, que poderia ajudar a encerrar de vez ações protocoladas na Justiça contra as empresas após a tragédia, uma delas feita pelo próprio MPF pedindo indenização de 155 bilhões de reais.
O rompimento da barragem em Mariana (MG) foi considerado o maior desastre socioambiental da história do Brasil. Despejou uma onda de resíduos de beneficiamento de minério de ferro em comunidades, deixando 19 mortos, centenas de desabrigados e poluindo o rio Doce, que desagua no mar do Espírito Santo.
Procurada, a Samarco não comentou o assunto.
Vale e BHP Billiton, sócias na Samarco, não comentaram o assunto imediatamente.