Negócios

MPF cobra R$10 milhões da Petrobras por derramamento de óleo

Ministério Público pede indenização por danos causados ao meio ambiente e danos morais, em caso de derramamento de 15 mil litros de diesel no mar


	Petrobras: vazamento ocorreu em São Sebastião, litoral paulista, em 2012
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Petrobras: vazamento ocorreu em São Sebastião, litoral paulista, em 2012 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 15h36.

São Paulo - O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de São Paulo recorreram à Justiça pedindo que a Petrobras, a subsidiária Petrobras Distribuidora e a Cooperativa de Transportes Rodoviários do ABC paguem R$ 5 milhões de indenização pelos danos causados ao meio ambiente.

Protocolada no último dia 28, a ação civil pública foi motivada pelo derramamento, em 2012, de 15 mil litros de óleo diesel no mar, na cidade de São Sebastião, no litoral norte paulista, em 2012.

O derramamento do combustível foi provocado pelo tombamento de um caminhão-tanque na Serra de Maresias, no dia 6 de setembro de 2012. O óleo atingiu o Córrego Canto do Moreira, chegando, horas depois, à Praia de Maresias e ao costão rochoso local.

Segundo o MPF, o vazamento provocou dano ambiental irreparável, com mortandade de peixes e crustáceos, além de riscos à saúde da população.

Por essas razões, a ação civil pública ajuizada também pede o pagamento de mais R$ 5 milhões pelos danos morais coletivos causados pelo acidente.

O óleo contaminou o solo e encharcou a vegetação ciliar, que teve de ser retirada das margens do córrego, considerado Área de Proteção Permanente (APP). “O poluente afetou a qualidade da água e a tornou imprópria para banho. Parte da Praia de Maresias ficou interditada durante o feriado de 7 de setembro, prejudicando o comércio local, em grande parte sustentado pelo turismo.

Duas crianças foram hospitalizadas com irritação na pele e ardência nos olhos”, destacou nota do MPF.

De acordo com o MPF, falta investimentos em ações e procedimentos, política eficaz de contingência emergencial de acidentes e recuperação ambiental por parte da Petrobras e terceirizadas.

“Ocorre que a estatal e suas subsidiárias contratadas têm falhado nesses dois passos. Preferem assumir o risco de causar acidentes e danos irreparáveis para, então, indenizar”, ressaltou o documento.

A Petrobras e a Cooperativa de Transportes Rodoviários do ABC foram contatadas pela Agência Brasil, mas não se manifestaram até a publicação da matéria.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstatais brasileirasEmpresas estataisPetrobrasCapitalização da PetrobrasPetróleoGás e combustíveisIndústria do petróleoMeio ambienteIndenizaçõesÓleo diesel

Mais de Negócios

Floripa é um destino global de nômades digitais — e já tem até 'concierge' para gringos

Por que essa empresa brasileira vê potencial para crescer na Flórida?

Quais são as 10 maiores empresas do Rio Grande do Sul? Veja quanto elas faturam

‘Brasil pode ganhar mais relevância global com divisão da Kraft Heinz’, diz presidente