Negócios

MP da leniência no BC deve ter comissão na próxima semana

Segundo o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), a relatoria da proposta ficará com um senador e a presidência do colegiado, com um deputado

Banco Central: entre as novidades da MP 784, está a possibilidade de leniência em processos no BC (Gustavo Gomes/Bloomberg)

Banco Central: entre as novidades da MP 784, está a possibilidade de leniência em processos no BC (Gustavo Gomes/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2017 às 18h58.

Última atualização em 12 de junho de 2017 às 21h40.

Brasília - O líder do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC-SE), pretende instalar na próxima semana a comissão mista que analisará a Medida Provisória 784 que cria novas regras para a investigação e punição de irregularidades cometidas por instituições financeiras ou pessoas físicas.

Segundo Moura, a relatoria da proposta ficará com um senador e a presidência do colegiado, com um deputado.

Os nomes dos dois parlamentares ainda não foram definidos, mas Moura demonstrou interesse em presidir a comissão.

O deputado do PSC foi relator do projeto de lei que alterou a regulamentação sobre acordos de leniência de empresas com o Ministério Público.

Entre as novidades da MP 784, está a possibilidade de leniência em processos no Banco Central e a adoção de termos de compromisso entre instituições financeiras e a autoridade monetária.

A comissão será a primeira etapa da MP no Congresso. De lá, seguirá para o plenário da Câmara e, em seguida, para o Senado.

Caso senadores alterem o texto, a matéria retorna à Câmara, de quem será a palavra final. Pelo calendário estabelecido, parlamentares terão desta sexta-feira, 9, até 14 de junho para apresentar emendas. A MP perde a validade em 20 de agosto, mas pode ser prorrogada uma vez.

Moura afirma que a proposta deve tramitar em regime normal, sem urgência.

A MP 784 criou a possibilidade de que envolvidos em esquemas financeiros, como os investigados pela Lava Jato, possam delatar com o benefício da redução da penalidade.

Além disso, multas aplicadas a bancos e corretoras aumentaram 8.000 vezes e passaram do máximo de R$ 250 mil para R$ 2 bilhões.

Houve pressão recente do Banco Central para acelerar a edição dessa medida.

As novas regras passam a vigorar imediatamente e as infrações ocorridas até a edição da MP continuam sujeitas às penalidades previstas na legislação anterior.

Acompanhe tudo sobre:acordos-de-lenienciaBanco CentralGoverno Temer

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem