Internação: Eliezer estava internado no Hospital Samaritano, zona sul do Rio de Janeiro. A causa da morte informada pelo hospital foi insuficiência respiratória aguda (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 19 de junho de 2018 às 07h26.
Última atualização em 19 de junho de 2018 às 09h21.
Morreu nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, o empresário do ramo de mineração Eliezer Batista, 94 anos, pai do também empresário Eike Batista. Ele estava internado no Hospital Samaritano, zona sul do Rio de Janeiro. A causa da morte informada pelo hospital foi insuficiência respiratória aguda.
Engenheiro de formação, Eliezer assumiu vários cargos públicos, entre eles, o de ministro de Minas e Energia e o de presidente, por duas vezes, da Companhia Vale do Rio Doce, além de secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), no governo Collor de Mello. Atuou no Programa Grande Carajás, a primeira iniciativa de exploração das riquezas da província mineral dos Carajás, abrangendo áreas do Pará até o Xingu, Goiás e Maranhão.
Venda para japoneses
Na Companhia Vale do Rio Doce, vendeu para os japoneses minério de ferro após a Segunda Gerra Mundial, levando o minério do Porto de Tubarão diretamente ao Japão, a preços competitivos com as minas da Austrália. Esse feito o transformou no "engenheiro ferroviário que ligou a Vale ao resto do mundo". Os japoneses reconheceram seu valor e entregaram a Eliezer Batista a mais alta condecoração daquele país, por ter causado uma verdadeira revolução no sistema de transporte marítimo ferroviário.
Exerceu, entre 1964 e 1968 os cargos de diretor-presidente da Minerações Brasileiras Reunidas, resultado da fusão da Caemi com a Bethlehem Steel e, em seguida, o de vice-presidente da Itabira International Company (Nova York). Ainda em 1968, assumiu a diretoria da Itabira Eisenerz GmbH, na Alemanha Ocidental, posto no qual permaneceu até 1974. Quando da fundação da Rio Doce Internacional S.A., subsidiária da Vale em Bruxelas, tornou-se seu presidente.