Edmundo Valadão Cardoso, sócio e um dos fundadores do Grupo Geração Futuro, morreu neste domingo (28/2), aos 68 anos. Natural de Guaratinguetá (SP), Cardoso lutava nos últimos anos contra um câncer. O banqueiro, que estava internado no hospital Sírio-Libanês havia 20 dias, foi enterrado na manhã desta segunda, no Cemitério da Consolação, na capital paulista.

Cardoso era considerado um dos melhores gestores de investimento do país. Considerado um autoditada das finanças, não chegou a concluir o curso de Economia da Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. Aos 26 anos, iniciou sua carreira no mercado financeiro como auxiliar de análise de investimentos no antigo Banco Sulbrasileiro, no Rio de Janeiro.Em 1974, foi convidado a trabalhar como analista no Banco Maisonnave, onde permaneceu por mais de dez anos - até tornar-se diretor da corretora da instituição. O Maisonnave foi liquidado pelo Banco Central em 1985, e Cardoso transferiu-se para a Equipe Corretora, onde permaneceu até 1993 - de onde saiu para participar da fundação de sua própria empresa.

O embrião do Grupo Geração Futuro foi a corretora de valores homônima, fundada em 1994 para atender os investidores de Porto Alegre. Em 2000, a corretora lançou seu primeiro clube de investimentos. Com o crescimento dos negócios, o grupo lançou, em 2008, seu banco de investimentos. Hoje, o grupo administra um patrimônio de 7 bilhões de reais, e conta com mais de 70.000 investidores. Nos últimos tempos, Cardoso presidia o comitê de investimentos da empresa. Quando perguntado sobre sua estratégia para selecionar os papéis que compunham suas carteiras, Cardoso costumava dizer que "não compramos simplesmente ações. Compramos os fundamentos das empresas e crescemos com elas". Cardoso também participou de diversas associações do setor, sendo diretor da Abamec (atual Apimec) nos anos 70.