Negócios

Moody's vê compra de terras pela Suzano como positiva para rating

Declaração vem após a companhia anunciar um acordo com a Duratex para compra de terras e florestas na região central do Estado de São Paulo

Suzano: compra de terras e florestas pode movimentar mais de 1,06 bilhão de reais (Germano Luders/Site Exame)

Suzano: compra de terras e florestas pode movimentar mais de 1,06 bilhão de reais (Germano Luders/Site Exame)

R

Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 10h49.

São Paulo - A agência de classificação de riscos Moody's vê a aquisição de terras e florestas pela Suzano Papel e Celulose como positiva para seu rating.

No início da semana, foi anunciado o acordo da Suzano com a fabricante de louças, componentes metálicos e painéis de madeira Duratex para compra de terras e florestas na região central do Estado de São Paulo, em operação que pode movimentar mais de 1,06 bilhão de reais.

"A aquisição é positiva porque ampara a estratégia da Suzano de garantir ativos florestais para suas operações e mantendo a competividade de custo, sem ameaçar suas métricas de crédito. A Suzano pode pagar pela aquisição inteiramente em dinheiro, sem aumentar as métricas de alavancagem", disse a Moody's em comunicado nesta quarta-feira.

A classificação atual da Moody's para a Suzano é Ba1, com perspectiva negativa.

O acordo com a Duratex envolve numa primeira etapa a compra de 9,5 mil hectares de terra e de 1,2 milhão de metros cúbicos de florestas por 308,1 milhões de reais.

A Suzano terá ainda a opção de comprar um outro lote de cerca de 20 mil hectares até 2 de julho deste ano, por 749,4 milhões de reais. Nesse caso, o volume de florestas é de 5,6 milhões de metros cúbicos. Se a compradora exercer essa opção, a Duratex terá mais um lucro extraordinário de 360 milhões de reais.

Nesta quarta-feira, o HSBC elevou o preço-alvo das ações da Duratex para 12,50 reais, ante 12 reais.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisDuratexMoody'ssuzano

Mais de Negócios

Guga e Rafael Kuerten apostam em energia e imóveis nos 30 anos do Grupo GK

Eles acharam uma solução simples para eliminar as taxas na hora da compra

Quem são os bilionários mais amados (e odiados) dos EUA?

Esta empresa já movimentou R$ 100 milhões ao financiar condomínios em crise