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Moody's ameaça reduzir nota da Engie por plano francês de privatização

Nota atual da Engie foi garantida graças à participação governamental da França

Nota atual da empresa, que tem uma cota de 23,6% com o governo francês, A2 (Charles Platiau/Reuters)

Nota atual da empresa, que tem uma cota de 23,6% com o governo francês, A2 (Charles Platiau/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2019 às 15h31.

Londres — A Moody's ameaçou reduzir o rating da elétrica francesa Engie após parlamentares do país terem aprovado em abril um projeto de lei que pode iniciar uma onda de privatizações, incluindo a venda pela França de sua participação na empresa.

Segundo o IFR, a agência de risco retiraria da empresa uma elevação da nota garantida a ela devido ao apoio governamental, atualmente levada em consideração no rating A2 da Engie e em seu rating híbrido Baa1. A elétrica francesa também é classificada como A- (estável) pela S&P.

"Se promulgada, a lei sinalizaria uma mudança nas relações entre a Engie e o governo francês, com uma alta probabilidade de que o governo reduza sua participação, mesmo que a alienação possa levar algum tempo", escreveram analistas em um relatório na quinta-feira.

Ainda que não seja claro qual fatia na empresa o governo venderia, a França, que possui 23,6% da Engie e 34,8% das ações com direito a voto, manteria uma "golden share" na empresa — ou seja, com poder de veto, disseram analistas da BNP em um relatório nesta sexta-feira.

A Moody's geralmente atribui um rating adicional devido ao suporte estatal quando a fatia do governo é superior a 20 por cento, mas a agência parece esperar que o governo francês reduza sua fatia na empresa abaixo desse nível, mesmo que isso demore, escreveram os analistas.

"No entanto, qualquer rebaixamento seria de apenas um nível e alinharia o rating da Moody's com o da S&P, cujos ratings não incluem suporte implícito, então é improvável que haja qualquer reação do mercado de crédito", afirmaram os analistas.

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