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Montadoras projetam queda de 40% das vendas de veículos em 2020

O desempenho, se confirmado, representa um retrocesso ao nível de emplacamentos de 2004, estima a Anfavea

Linha de produção de montadora (Michele Tantussi/Getty Images)

Linha de produção de montadora (Michele Tantussi/Getty Images)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 5 de junho de 2020 às 10h39.

Última atualização em 5 de junho de 2020 às 11h15.

Diante dos efeitos devastadores da pandemia do novo coronavírus na economia brasileira, as montadoras projetam uma queda de 40% das vendas de veículos - entre leves e pesados - neste ano.

"O segundo trimestre vai ser muito dramático para a indústria. Estamos enfrentando um cenário muito preocupante", afirma Luiz Carlos de Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A entidade projetava um crescimento de quase 10% das vendas neste ano, para 3,05 milhões de unidades. Agora, a previsão é que os emplacamentos não passem de 1,67 milhão de veículos, um retrocesso ao nível de 2004 do mercado brasileiro.

Em maio, os emplacamentos de veículos leves e pesados somaram 62.200 unidades, retração de 74,7% na comparação anual. Já as vendas acumuladas de janeiro a maio totalizaram 1,08 milhão de unidades, queda de 37,7% sobre igual período do ano passado.

A produção no mês passado atingiu 43.100 veículos, recuo expressivo de 84,4% sobre um ano antes. No acumulado do ano, os volumes produzidos atingiram 630.800 unidades, queda de 49% sobre igual período do ano passado.

Conforme a Anfavea, as exportações caíram 44,9% de janeiro a maio, na esteira da queda brutal da economia global, principalmente da Argentina, principal destino dos embarques brasileiros de veículos.

BNDES

O presidente da Anfavea afirmou que a entidade continua dialogando com o governo acerca de linhas de crédito para pequenas e médias empresas da indústria como um todo, não só do setor automotivo.

Isso porque montadoras estariam negociando diretamente com o banco de fomento para a liberação de linhas de crédito específicas. "Uma negociação não impede a outra", disse Moraes.

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