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Montadora da Foxconn garante lucros impulsionados pela Apple

Na semana passada, a Apple divulgou a venda de 26,9 milhões de iPhones no último trimestre


	Fachada da Foxconn: fabricante se viu pressionada a aumentar as equipes de produção do iPhone
 (Reuters)

Fachada da Foxconn: fabricante se viu pressionada a aumentar as equipes de produção do iPhone (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 15h13.

São Paulo - A Hon Hai Indústria de Precisão, divisão da Foxconn International Holdings (FIH) responsável pelo serviço de montagem de eletrônicos (EMS, na sigla em inglês), registrou um desempenho espetacular nos lucros do terceiro trimestre graças à alta demanda pelo iPhone, da Apple. O aparelho foi a versão do smartphone que mais vendeu, segundo o CEO da empresa, Tim Cook. Além disso, o lançamento de dois novos modelos de iPad mantiveram as fábricas em ritmo acelerado e também contribuíram no período.

Na semana passada, a Apple divulgou a venda de 26,9 milhões de iPhones no último trimestre. Já entre iPads, foram 14 milhões de unidades vendidas – um aumento de 26% em relação ao ano passado, o que indica o aquecimento do mercado e intenções de compras futuras mesmo com a incerteza econômica europeia.

Neste contexto, a fabricante totalizou 30,25 bilhões de novos dólares taiwaneses (o equivalente a US$ 1,031 bilhão) no terceiro trimestre de lucro líquido, uma alta de 139,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar de não divulgar a proporção de sua receita vinda da produção para a Apple por questões estratégicas, analistas ouvidos pelo Financial Times estimam que a fração esteja entre 40% e 50% da unidade na Califórnia, nos Estados Unidos, e percentuais ainda maiores em outras fábricas ao redor do mundo.

Mesmo com tais ganhos, analistas alertam sobre a capacidade da fabricante de superar os crescentes custos com a folha de pagamento na China. A Foxconn tem uma difícil tarefa de gerenciamento de milhões de trabalhadores em fábricas localizadas em diversos países, e enfrenta um cenário de mão-de-obra cada vez mais disputada.

Recentemente, a fabricante se viu pressionada a aumentar as equipes de produção do iPhone, dada a elevação nos padrões de qualidade impostos pela norte-americana. Além disso, passou por auditorias nas unidades produtivas para garantir condições mínimas no trabalho de seus funcionários. Assim, a Foxconn também foi obrigada a melhorar a remuneração e direitos dos empregados, o que, consequentemente, geraria mais custos de operação.

Ainda assim, eles esclarecem que é apenas um ponto de atenção, pois no geral estão otimistas sobre a performance da Hon Hai/Foxconn até o fim do ano. Tanto o iPhone 5 quanto as duas novas versões do iPad devem manter os trabalhos da chinesa a todo vapor por terem se tornado "desejo de consumo" em diversas localidades.

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