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Monsanto, da Bayer, enfrenta 8 mil processos por glifosato nos EUA

Ações da Bayer recuaram mais de 10% desde que a Monsanto foi condenada, em 10 de agosto, a pagar 289 milhões de dólares em indenização

Bayer informou que o número de ações judiciais nos EUA contra a recém-adquirida Monsanto subiu para cerca de 8 mil (Brendan McDermid/Reuters)

Bayer informou que o número de ações judiciais nos EUA contra a recém-adquirida Monsanto subiu para cerca de 8 mil (Brendan McDermid/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de agosto de 2018 às 13h33.

Frankfurt - A Bayer informou que o número de ações judiciais nos Estados Unidos contra a recém-adquirida Monsanto subiu para cerca de 8 mil, depois que a Monsanto foi condenada a pagar indenização relacionada ao uso de um herbicida que contém glifosato.

A Bayer havia informado anteriormente sobre 5.200 casos semelhantes contra a Monsanto, que foi adquirida pela companhia alemã por 63 bilhões de dólares, em aquisição finalizada em junho.

"O número de casos tanto estaduais quanto federais era de aproximadamente 8 mil no final de julho. Esses números podem aumentar ou diminuir com o tempo, mas nossa opinião é que isso não é indicativo dos méritos dos casos", disse o presidente-executivo da Bayer, Werner Baumann, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira.

As ações da Bayer recuaram mais de 10 por cento desde que a Monsanto foi condenada, em 10 de agosto, a pagar 289 milhões de dólares em indenização, na primeira de possivelmente milhares de ações judiciais norte-americanas contra os herbicidas de glifosato, como o Roundup e o Ranger Pro.

Baumann reiterou que o veredito do júri era inconsistente com as conclusões científicas dos reguladores e acrescentou que a demanda por produtos à base de glifosato permanece forte.

Quando perguntado se a Bayer consideraria resolver casos fora do tribunal, ele disse: "Nós defenderemos vigorosamente este caso e todas as ações futuras".

Os resultados do segundo trimestre, previstos para serem apresentados em 5 de setembro, devem incluir custos com defesas judiciais, mas nenhum montante será separado para possíveis danos futuros, disse o vice-presidente financeiro, Wolfgang Nickl.

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