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Modelo de distribuidoras da Eletrobras sairá em junho

Segundo fonte, a empresa enviou cartas-convite para alguns bancos visando a contratação de uma instituição que irá auxiliá-la na modelagem para a reorganização dos ativos


	 O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado, disse que o modelo de reestruturação das seis distribuidoras do grupo ficará pronto até 30 de junho
 (Guang Niu/Getty Images)

 O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado, disse que o modelo de reestruturação das seis distribuidoras do grupo ficará pronto até 30 de junho (Guang Niu/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 15h04.

Rio de Janeiro - O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado, disse que o modelo de reestruturação das seis distribuidoras federalizadas do grupo ficará pronto até 30 de junho.

"Dissemos no nosso comunicado ao mercado que teríamos 90 dias para contratar o serviço (para a modelagem) e dar as alternativas às distribuidoras. Isso está em curso, inclusive vamos contar com um trabalho de fora (da companhia)", afirmou o executivo, durante teleconferência para analistas e investidores sobre os resultados da estatal federal.

A informação do executivo confirma a reportagem publicada mais cedo pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, sobre o tema.

De acordo com fonte de mercado ouvida pelo Broadcast, a Eletrobras enviou essa semana cartas-convite para alguns bancos visando a contratação de uma instituição financeira que irá auxiliá-la na modelagem para a reorganização dos ativos de distribuição.

Os bancos terão em torno de duas semanas para apresentar uma proposta preliminar, sendo que a instituição vencedora terá outros 30 dias para apresentar a proposta final para a reestruturação.

Em paralelo ao trabalho de avaliação dos ativos, Casado disse que a companhia segue trabalhando no processo de renovação das concessões das distribuidoras, localizadas no Norte e Nordeste, e nas ações para a melhoria da situação operacional e financeira dos ativos.

Nesse contexto, o executivo citou como fato positivo a redução do prejuízo das empresas na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e igual período de 2012, de R$ 197 milhões para R$ 91 milhões.


Adicionalmente, o executivo comentou que o ingresso das distribuidoras do Amazonas e do Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) irá melhorar a qualidade do serviço prestado nas duas concessões.

Hoje, os consumidores dessas duas áreas são abastecidos pelas térmicas a óleo, mas passarão a ser atendidos pela energia produzida pelas hidrelétricas no SIN com a entrada em operação total da linha de transmissão Tucuruí (PA) - Macapá (AP) - Manaus (AM), o que aumentará a confiabilidade do sistema e reduzirá o custo da energia comprada.

Novos projetos

Casado disse que a estatal está mais rígida na seleção de novos projetos nos leilões após a queda nas receitas de transmissão e de geração com a renovação das concessões. "Estamos muito mais rígidos. Não podemos assumir projetos com riscos sem ter a rentabilidade que consideramos adequada".

A nova postura já se refletiu na participação da Eletrobras no primeiro leilão de transmissão de 2013, na semana passada.

Diferentemente de anos anteriores, quando as suas subsidiárias apresentavam os lances mais agressivos entre todos os competidores, a empresa teve uma participação discreta no certame, sem ganhar nenhum lote. Casado deixou claro que a companhia não irá incorporar a sua carteira de projetos os empreendimentos que não tiverem a rentabilidade satisfatória.

"Fomos ao leilão e não apresentamos ofertas. Estamos procurando bons negócios e rentáveis", afirmou o executivo, comentando que a questão da expansão deve ser vista com muito cuidado sob a ótica das taxas de retorno.

Casado disse, também, que a preocupação com a rentabilidade sempre existiu dentro do Grupo Eletrobras, mas que o tema ganhou ainda mais relevância a partir do momento que uma parte expressiva dos seus ativos de geração e transmissão passou a ser remunerada pelo governo federal apenas pelos custos de operação e manutenção.

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