MMX: endividamento da MMX Corumbá soma R$ 892,7 e US$ 193,1 mil mil com 13 credores (Rich Press/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de março de 2017 às 10h58.
São Paulo - A MMX e sua controlada MMX Corumbá apresentaram seu plano de recuperação judicial à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Um dos destaques é a venda da UPI Corumbá, incluindo direitos de lavra.
Há uma proposta de aquisição pela Vetorial Mineração, pelo valor total de R$ 14,5 milhões em quatro parcelas e ante a obrigação de a MMX Corumbá aderir ao Programa de Regularização Tributária para abater 76% da dívida e parcelar o restante.
O documento destaca os ativos da MMX Corumbá, que tem capacidade de processar até 2 milhões de toneladas de minério de ferro granulado e sinter feed por ano, e cita também os ativos da MMX S.A.
Entre eles, estão participação societária (de 1,55%) no Porto do Sudeste, royalties na SPE Mineração Morro do Ipê, fatia na Santa Duna Empreendimentos e Participações, também no âmbito da recuperação judicial da MMX Sudeste, entre outros.
Os títulos de remuneração variável da Mineração Morro do Ipê serão, conforme a proposta, distribuídos aos credores, que também poderão receber as cotas da participação no Porto Sudeste ou ainda, uma terceira opçãO, recebimento à vista, de R$ 10 mil. O administrador judicial é Marcello Macedo Advogados.
O endividamento referente à MMX Corumbá monta R$ 892,7 mil e US$ 193,1 mil, aproximadamente, com 13 credores, nenhum deles de garantia real.
Já a dívida das recuperandas de MMX Sudeste é de R$ 348,9 milhões, mais US$ 42,7 milhões e 2,832 milhões de euros.
O objetivo, segundo a proposta, é permitir que a MMX S.A e a MMX Corumbá superem sua crise econômico-financeira e o plano busca, entre outros pontos, relacionar os ativos das recuperandas, organizar os ativos maduros para que possam ser vendidos a interessados convertendo os recursos em benefício dos credores.
Na justificativa para o pedido de recuperação judicial, a empresa diz que além de fatores de caráter macroeconômico e da crise no Grupo EBX, o BNDES suspendeu o enquadramento para concessão de financiamento requerido pela MMX Sudeste para ampliar a capacidade produtiva, de 6 milhões de toneladas anuais para 29 milhões. No projeto foi desembolsado cerca de R$ 4 bilhões, o que afetou o caixa da controladora.