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Mitsubishi paga multa de 25 milhões de euros na Alemanha pelo 'Dieselgate'

A Justiça alemã acusa a Mitsubishi de ter vendido veículos que não estavam de acordo com as normas

 (Yuriko Nakao/Getty Images)

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AFP

Publicado em 12 de julho de 2021 às 09h58.

A fabricante de automóveis japonesa Mitsubishi Motors confirmou, nesta segunda-feira (12), que pagou uma multa de 25 milhões de euros ordenada pela Justiça alemã no escândalo do "Dieselgate".

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"O Ministério Público de Frankfurt impôs uma multa" de 25 milhões de euros em 25 de março, multa da qual "não recorremos", declarou à AFP um porta-voz da fabricante no Japão, destacando que a Mitsubishi Motors pagou a quantia "antes do fim de março".

A agência Bloomberg informou na sexta-feira que, com o pagamento da multa, a sócia da Renault e Nissan encerrou uma investigação da Justiça alemã, que em 2020 realizou operações de busca em vários locais da empresa.

A Justiça alemã acusava a Mitsubishi de ter vendido veículos que não estavam de acordo com as normas, devido a uma falta de "supervisão" de gerentes intermediários do grupo.

A fabricante japonesa afirmou que não cometeu "nenhuma fraude" nos níveis de poluição de seus motores diesel depois dessas denúncias, concentradas especialmente em seus motores diesel de 1,6 e 2,2 litros certificados segundo as normas EURO 5b e 6b.

O grande escândalo dos motores diesel manipulados veio à tona em 2015, quando a fabricante alemã Volkswagen admitiu ter equipado 11 milhões de veículos com programas de computador capazes de distorcer o nível das emissões.

Outros fabricantes de automóveis também foram acusados, de Daimler até Fiat Chrysler, passando pelos franceses Renault e PSA (entre eles sua marca alemã Opel), e inclusive o fornecedor alemão Bosch.

A multa recebida por Mitsubishi "estabelece que no passado houve violações devido à negligência das tarefas de supervisão relacionadas aos procedimentos de aprovação", disse o porta-voz.

"Não foi comprovada a violação desses procedimentos consciente ou deliberadamente", e o MP de Frankfurt "não identificou nenhum comportamento intencional ou fraudulento", acrescentou.

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