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Minoritários da Schin negam busca de recursos

Segundo nota, minoritários não haviam recebido qualquer proposta de venda por parte dos outros acionistas e não sabiam da proposta feita pela japonesa Kirin

Fábrica da Schin em Itu: o comunicado ainda reforça o argumento de violação do direto de preferência detido pelos minoritários (BETO BARATA)

Fábrica da Schin em Itu: o comunicado ainda reforça o argumento de violação do direto de preferência detido pelos minoritários (BETO BARATA)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 23h13.

São Paulo - Os irmãos José Augusto Schincariol, Daniela Schincariol e Gilberto Schincariol Junior, acionistas minoritários detentores de 49,55% da fabricante de bebidas Schincariol, negaram que tenham procurado, sem sucesso, fontes para financiar a compra da parte de Adriano e Alexandre Schincariol, vendida nessa semana para a empresa japonesa Kirin por R$ 3,95 bilhões, conforme a Agência Estado noticiou no último dia 2. "Até porque, jamais receberam qualquer proposta de venda por parte dos demais acionistas e jamais tiveram conhecimento da proposta feita pela Kirin que acabou resultando na operação", disseram os minoritários, por meio de comunicado ao mercado enviado pelos seus advogados, do escritório Teixeira, Martins & Advogados.

Segundo a nota, os minoritários igualmente dispõem de condições para estruturar uma operação financeira que lhes permita exercer o direito de preferência. No documento, outras questões foram rebatidas por eles. "Em momento algum Alexandre e Adriano se preocuparam com o grupo Schincariol. Primeiro, porque passaram por cima do Estatuto Social, que é o documento fundamental da sociedade", afirmam. E em um segundo momento, porque "o contrato de compra e venda por eles firmado parte da premissa de que a Kirin passa a ser a única proprietária do grupo, com a possibilidade de alocar funcionários do grupo para atender Adriano e Alexandre em um ''family office'', alterar a diretoria e promover outras modificações relevantes no grupo."

O comunicado ainda reforça o argumento de violação do direto de preferência detido pelos minoritários, conforme adiantado pela Agência Estado. Além disso, esclarece que José Augusto, Gilberto e Daniela jamais colocaram suas ações à venda. "Pelo contrário, sempre deixaram claro, inclusive por meio de duas notificações encaminhadas a Alexandre e Adriano, a última com cópia para Kirin e outros supostos interessados, que iriam exercer o direito de preferência que lhes é assegurado."

Ao final do comunicado, os minoritários, com base na previsão do pagamento pela Kirin de um adicional de R$ 100 milhões aos vendedores do controle da Schincariol conforme performance do Ebitda da empresa deste ano, acusam Adriano e Alexandre Schincariol de "ampliar seus ganhos com base no trabalho realizado por todos os acionistas e trabalhadores e, ainda, corre-se o risco de que venham a tomar decisões equivocadas no período em que permanecem nas funções de direção do grupo."

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