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Minoritários da Oi vão recorrer contra anulação de assembleia

Segundo a liminar, a assembleia afrontou a decisão judicial que homologou o plano de recuperação da companhia aprovado em dezembro

Oi: a associação alega que a Oi sofreu desvio de R$ 51 milhões do caixa para o pagamento de bonificação aos executivos (Eny Miranda/Oi/Divulgação)

Oi: a associação alega que a Oi sofreu desvio de R$ 51 milhões do caixa para o pagamento de bonificação aos executivos (Eny Miranda/Oi/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 16h05.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2018 às 16h06.

São Paulo - A Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin) afirmou que adotará todas as medidas necessárias para resguardar os interesses dos acionistas minoritários da Oi, inclusive buscando a Justiça dos Estados Unidos.

O comunicado divulgado nesta sexta-feira,9, à imprensa foi uma resposta à liminar expedida na quinta-feira, 8, pela 7ª Vara da Justiça do Rio de Janeiro, que anulou as deliberações da assembleia dos acionistas realizada na terça-feira, 6.

O encontro foi convocado a contragosto da empresa pela Bratel, veículo de investimentos da Pharol (antiga Portugal Telecom), maior acionista da tele. Segundo a liminar, a assembleia afrontou a decisão judicial que homologou o plano de recuperação da companhia aprovado em dezembro.

Por sua vez, a Aidmin argumenta que a assembleia deliberou apenas sobre medidas a serem adotadas diante das condutas classificadas como "ilegais e fraudulentas" atribuídas ao presidente da Oi, Eurico Teles, e ao diretor financeiro, Carlos Brandão.

A associação alega que a Oi sofreu desvio de R$ 51 milhões do caixa para o pagamento de bonificação aos executivos, valor que teria sido omitido pela diretoria na apresentação dos balanços trimestrais, mas revelado por uma auditoria interna.

"Está claro o desrespeito aos mais elementares princípios da governança corporativa, em especial à transparência, indispensável na administração de uma companhia aberta do porte da Oi", afirma a Aidmin. Nesta semana, a associação também encaminhou pedido ao Ministério Público do Rio de Janeiro para que investigue a situação.

Na ocasião, a Oi negou as acusações e afirmou que "enfrentará com tranquilidade nas esferas pertinentes qualquer questionamento e tomará as devidas medidas para proteger sua reputação e seu negócio de caluniosos ataques".

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