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Ministro diz que CEO da Eletrobras ainda tem o apoio do governo

Wilson Ferreira Jr. disse em conversa gravada que a estatal tem "40 por cento de cara que é inútil, não serve para nada"

Wilson Ferreira Jr.: o CEO disse que não irá renunciar ao cargo (CPFL/Divulgação)

Wilson Ferreira Jr.: o CEO disse que não irá renunciar ao cargo (CPFL/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de junho de 2017 às 19h44.

Última atualização em 26 de junho de 2017 às 20h04.

São Paulo - O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, saiu em defesa do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, que na semana passada teve uma conversa com sindicalistas divulgada na qual ele chama funcionários da estatal de "vagabundos" e "safados".

Coelho Filho afirmou que "o presidente acertou em reconhecer que exagerou na palavra", mas salientou que o executivo "tem a nossa confiança, tem todo nosso apoio para poder tocar a agenda que tem na empresa".

Para o ministro, essa agenda "não é apenas de governo ou de austeridade, é para poder permitir que a Eletrobras possa continuar sobrevivendo", disse a jornalistas, no intervalo do Ethanol Summit 2017, em São Paulo.

Para ele, a situação da Eletrobras é "extremamente delicada".

"Tem coisas que não dá para a gente conviver, não quero entrar no mérito de como chegaram até aqui, e não é contra um indivíduo, uma pessoa em si, é contra a empresa como um todo", disse.

"Não dá para ver uma companhia que amargou nos últimos 4 anos R$ 32 bilhões de prejuízo dando uma oportunidade de privilégios a uma série de pessoas que não é justa com momento que o Brasil está vivendo", disse.

Ferreira Junior foi gravado criticando em particular funcionários em cargos mais altos da estatal.

"São 40% da Eletrobras, 40% de cara que é inútil, não serve para nada, ganhando uma gratificação, um telefone, uma vaga de garagem, uma secretária. Vocês me perdoem. A sociedade não pode pagar por vagabundo, em particular, no serviço público", traz um trecho de cinco áudios.

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