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MP analisará contratos de bancos públicos com grupo EBX

O objetivo é 'fazer uma observação minuciosa em todas as operações' e determinar se houve descumprimento das normas por parte dos bancos


	Eike Batista controla o grupo EBX
 (Jonathan Alcorn/ Bloomberg)

Eike Batista controla o grupo EBX (Jonathan Alcorn/ Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2013 às 14h24.

São Paulo- O Ministério Público analisará os contratos de concessões de créditos dos bancos públicos às empresas do Grupo EBX, controlado por Eike Batista, segundo informa neste sábado a imprensa.

O procurador designado para o caso, Marinus Marsico, declarou ao jornal 'Folha de São Paulo' que o objetivo da revisão dos contratos por parte do Ministério Público é 'fazer uma observação minuciosa em todas as operações' e determinar se houve descumprimento das normas por parte dos bancos.

O Tribunal de Contas da União (TCU) também participará das investigações que serão iniciadas na próxima semana.

De acordo com Marsico, serão revisados os contratos de crétidos outorgados para Eike Batista por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, os maiores do setor público.

'Vamos ver se houve descumprimento das normas, erros grosseiros ou só a exposição ao risco por parte dessas instituições', apontou o procurador, que desde 2009 investiga também um crédito do BNDES outorgado à empresa de logística LLX, que faz parte do grupo.

Os recursos do empresário vêm diminuindo pela forte queda das ações de suas empresas no mercado, provocada por uma crise de credibilidade em torno do conglomerado EBX e pelos decepcionantes resultados da companhia petrolífera OGX.

A acelerada venda dos papéis da OGX também afetou a cotação de suas coligadas, como a LLX, a MMX e a MPX.

A carvoeira colombiana CCX, também do grupo e que cota na bolsa, teve no pregão de sexta-feira um salto de mais de 16% pelo rumor de que a empresa seria vendida.

Os títulos do conglomerado vêm sofrendo nos últimos meses uma série de altos e baixos, com quedas e disparos significativos que afetaram o desempenho inclusive de toda a bolsa de São Paulo.

O próprio Eike Batista, em uma coluna publicada na sexta-feira em vários jornais do país, afirmou que está arrependido de ter aberto o capital de suas empresas no mercado antes de tê-las consolidado.

'Se pudesse voltar no tempo, não teria recorrido ao mercado de ações', afirmou Batista, que já foi considerado o sétimo homem mais rico do mundo, mas que agora não figura nem entre as maiores fortunas brasileiras. EFE

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