"Buscamos uma redução de custos de 500 milhões de dólares, dos quais 300 milhões em nossas atividades principais mediante uma redução de efetivos de 6.000 pessoas", indicou o diretor-geral do grupo (Nadine Hutton/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2015 às 15h55.
O grupo minerador Anglo American anunciou nesta sexta-feira um corte de efetivo de 6.000 pessoas, depois de registrar um prejuízo de 3,015 bilhões de dólares no primeiro semestre de 2015.
O corte de efetivos, que será realizado mediante a supressão de postos de trabalho e venda de ativos, tem por objetivo reforçar a rentabilidade do grupo, afetada pela queda dos preços das matérias primas, disse a empresa.
"Buscamos uma redução de custos de 500 milhões de dólares, dos quais 300 milhões em nossas atividades principais mediante uma redução de efetivos de 6.000 pessoas", indicou o diretor-geral do grupo, Mark Cutifani.
Entre 1º de janeiro e 30 de junho, a Anglo American teve uma perda líquida de 3,015 bilhões de dólares, contra um lucro de 1,464 bilhão de dólares no mesmo período de 2014, declarou.
O grupo registrou, em particular, uma depreciação de 3,5 bilhões de dólares devido à queda dos preços dos minérios, dos quais 2,9 bilhões correspondem à mina de ferro no Brasil e 600 milhões as suas minas de carvão na Austrália e no Canadá.
O faturamento do grupo caiu 13%, se estabelecendo em 13,3 bilhões de dólares, indicou a empresa.
"Nos seis primeiros meses de 2015 foi registrada uma queda acelerada dos preços de nossos produtos", disse Mark Cutifani.
A Anglo American registrou uma queda de 41% no preço do minério de ferro, de 19% na platina, 18% no cobre e 15% no carvão.
O grupo iniciou há alguns meses um vasto plano de venda de ativos, com o qual aspira acumular 3 bilhões de dólares.
Na semana passada vendeu sua participação de 50% na Lafarge Tarmac por 992 milhões de euros.
A Anglo American comemorou ter lançado a produção na mina de ferro de Minas-Rio, que efetuou suas primeiras entregas em outubro de 2014.
Por sua vez, a produção de níquel caiu 34% e a de cobre 10% devido, respectivamente, às obras de reconstrução nos fornos de Barro Alto no Brasil e ao fechamento temporário das usinas de tratamento de sua mina Los Bronces no Chile.