Negócios

Milionário russo propõe filho de 15 meses para administração

A indicação é uma "piada" com o objetivo, segundo ele, de criticar a gestão das empresas públicas


	Avião da Aeroflot: "se os conselhos de administração das empresas públicas não têm poder real, qual o motivo de nomear adultos?", escreveu no Twitter
 (Wolfgang Kumm/AFP)

Avião da Aeroflot: "se os conselhos de administração das empresas públicas não têm poder real, qual o motivo de nomear adultos?", escreveu no Twitter (Wolfgang Kumm/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 11h36.

Moscou - O milionário russo Alexandre Lebedev, acionista da Aeroflot, propôs o nome de seu filho de 15 meses para ocupar uma cadeira do conselho de administração da maior companhia aérea russa, uma "piada" com o objetivo, segundo ele, de criticar a gestão das empresas públicas.

"A mensagem desta piada é a seguinte: se os conselhos de administração das empresas públicas não têm poder real, qual o motivo de nomear adultos?", escreveu no Twitter o magnata dos bancos e dos meios de comunicação e crítico ferrenho das autoridades russas.

Na terça-feira, a Aeroflot, controlada em 51% pelo Estado russo, publicou a lista de 14 candidatos selecionados pelo conselho de administração. Os acionistas farão a escolha em 11 de junho.

Entre os três candidatos selecionados pelo Banco Nacional de Reserva, controlado por Lebedev, está o nome de "Egor Alexandrovitch Lebedev", identificado pela imprensa russa como filho do milionário, de apenas 15 meses.

Alexandre Lebedev tem apenas 5% da Aeroflot, contra 15% em 2011. Portanto, apenas um dos três candidatos propostos deve entrar no conselho de administração.

Proprietário dos jornais britânicos Evening Standard e The Independent e acionista do jornal de oposição russo Novaia Gazeta, Lebedev também é proprietário da companhia aérea Red Wings, que recentemente teve os voos proibidos após um acidente que matou cinco pessoas em dezembro em Moscou.

Ex-membro dos serviços secretos, ele pode ser condenado a cinco anos de prisão pela agressão a outro empresário durante um programa de televisão.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEmpresasEmpresas estataisEuropaRússia

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões