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Mexicana America Móvil amarga no 4º tri maior prejuízo em 15 anos

Maior grupo de telecomunicações da América Latina, controlado pela família do bilionário Carlos Slim, amargou uma perda de 5,972 bilhões de pesos

América Movil: resultado ficou bem abaixo da expectativa de lucro de 5,337 bilhões de pesos feita por analistas da Reuters (Edgard Garrido/Reuters)

América Movil: resultado ficou bem abaixo da expectativa de lucro de 5,337 bilhões de pesos feita por analistas da Reuters (Edgard Garrido/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 10h08.

Cidade do México - A operadora mexicana America Móvil sofreu no quarto trimestre o maior prejuízo em 15 anos, afetada por custos financeiros maiores em meio ao encolhimento das margens no mercado doméstico.

O maior grupo de telecomunicações da América Latina, controlado pela família do bilionário Carlos Slim, amargou uma perda de 5,972 bilhões de pesos (289 milhões de dólares) no último trimestre de 2016, ante lucro de 15,663 bilhões de pesos no mesmo período de 2015.

O resultado ficou bem abaixo da expectativa de lucro de 5,337 bilhões de pesos em levantamento da Reuters com seis analistas.

Este foi o segundo prejuízo da America Móvil desde o quarto trimestre de 2011, sinalizando as dificuldades da empresa com regulações antitruste e concorrência no mercado mexicano. No terceiro trimestre de 2015, a companhia perdeu 2,884 bilhões de pesos.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 23,6 por cento no quarto trimestre, enquanto a margem Ebitda encolheu pelo décimo trimestre consecutivo.

Já a receita total cresceu 16,9 por cento, para 269 bilhões de pesos, superando a previsão de 265 bilhões de pesos apurada pela Reuters.

No quarto trimestre, as despesas financeiras da America Móvil mais que dobraram para 29,639 bilhões de pesos. Neste período, o peso mexicano foi afetado pela vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, o que encareceu equipamentos negociados em dólar.

No México, onde concorre com a Telefonica e a AT&T, a America Móvil detém cerca de 70 por cento das assinaturas de banda larga.

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