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“Metaverso vai demorar para chegar no Brasilzão”, diz CEO do Mercado Livre

Stelleo Tolda, presidente do Mercado Livre, e Tiago Dalvi, CEO e fundador da Olist, participaram do CEO Conference, evento do BTG Pactual

Tolda: executivo disse que ainda há espaço para e-commerce crescer, mesmo pós-pandemia (Flávio Santana / Biofoto/Exame)

Tolda: executivo disse que ainda há espaço para e-commerce crescer, mesmo pós-pandemia (Flávio Santana / Biofoto/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2022 às 12h02.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2022 às 12h04.

Para Stelleo Tolda, presidente do Mercado Livre, ainda é cedo para falar do “metacommerce”, quando o comércio eletrônico tradicional migrará de vez para o ambiente hiperealista e virtual do metaverso. 

“É legal falar de metaverso, mas existe um metaverso da Faria Lima e outro do Brasilzão. Porque há a necessidade de toda uma estrutura para que o metaverso se torne realidade”, disse o executivo durante o CEO Conference, evento do BTG Pactual, (do mesmo grupo que controla a EXAME), que teve início nesta terça-feira, 22.

O presidente da gigante de e-commerce participou do painel Tendências de E-commerce para 2022, ao lado de Tiago Dalvi, CEO e fundador da Olist. 

Para Tolda, o nível de penetração do 5G e queda no preço dos aparelhos como óculos de realidade virtual, necessários para o metaverso, será crucial para que a varejista invista na tecnologia.

“Hoje, os equipamentos básicos para o metaverso custam cerca de US$ 2 mil, quando isso será possível para a maioria dos brasileiros? Estamos acompanhando a evolução do metaverso e, quando ele se tornar uma tendência massificada, vamos entender se faz sentido para nós ou não”, disse. 

Dalvi, CEO da Olist, que em dezembro se tornou o mais novo unicórnio do Brasil, acredita que alguns segmentos serão impactados antes pela tecnologia. “No mercado de games, por exemplo, o metaverso já é uma extensão. Em algum momento, isso vai permear os outros segmentos, como educação, saúde e entretenimento”. 

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E-commerce pós-pandemia 

Para os executivos, embora o e-commerce tenha decolado na pandemia, quando 7,3 milhões de brasileiros compraram online pela primeira vez, ainda há espaço para crescer, mesmo com o fim das medidas de isolamento social. 

“Nós vimos o e-commerce acelerar no Brasil e na América Latina, mas isso também aconteceu nos países desenvolvidos. Por aqui, alcançamos uma penetração do comércio eletrônico da ordem de 10%, enquanto nos Estados Unidos esse patamar foi para 20% e na China até 50%. Ou seja, ainda estamos no início”, afirmou Tolda. 

Para Dalvi, o desafio é digitalizar grande parte dos pequenos e médios negócios no Brasil. “Os empreendedores que foram pegos de calça curta na pandemia e tiveram de se adaptar ao online, deixaram o ceticismo de lado. Mas agora eles enfrentam um desafio de se conectar em um mundo mais dinâmico”, diz.

“A grande oportunidade está no mundo offline, o crescimento do varejo eletrônico nos próximos 5, 10 anos virá desse lojista que hoje não está conectado”, completa.

Entre hoje e amanhã, o CEO Conference vai reunir os principais líderes empresariais, políticos e da sociedade civil do Brasil. Este ano, o principal objetivo da reunião será debater os desafios do país e as tendências em economia, política e tecnologia para 2022. 

 

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