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Metalúrgicos de São José prometem paralisações

A General Motors apresentou na quarta-feira proposta de reajuste de 2% de aumento real e R$ 2.500 de abono salarial


	Entrada da GM em São José dos Campos: no final da tarde de segunda-feira, os trabalhadores do sindicato  se reúnem em assembleia
 (Roosevelt Cassio/Reuters)

Entrada da GM em São José dos Campos: no final da tarde de segunda-feira, os trabalhadores do sindicato  se reúnem em assembleia (Roosevelt Cassio/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 20h40.

São Paulo - Os metalúrgicos de São José dos Campos (SP) vão organizar paralisações na próxima segunda-feira (10) como alerta para possível greve, frente ao impasse sobre o dissídio salarial da categoria. A semana de negociações entre trabalhadores e setor patronal terminou sem sucesso nesta quinta-feira, com propostas distantes das reivindicações da categoria.

A General Motors apresentou na quarta-feira proposta de reajuste de 2% de aumento real e R$ 2.500 de abono salarial, rejeitada em assembleia dos trabalhadores. Os metalúrgicos pedem 7,48% de aumento real, além da reposição da inflação. "Fizemos proposta de greve, já deixamos eles (classe patronal) de sobreaviso", afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Herbert Claros. O sindicato tem 44 mil trabalhadores em sua base, dos quais cerca de 8 mil são metalúrgicos da GM.

No caso do setor aeronáutico, que reúne 12 mil trabalhadores da base sindical, a proposta dos empregadores foi de reajuste da inflação sem aumento real. "Recusamos a proposta na mesa hoje e agregamos o setor ao calendário de mobilizações na semana que vem", disse Claros. De acordo com o vice-presidente do sindicato, a maioria das propostas foi de 5% de reajuste, o que nem cobre a inflação do período - de 5,39%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

No final da tarde de segunda-feira, os trabalhadores do sindicato de São José dos Campos se reúnem em assembleia para definir os rumos da greve que deve se iniciar caso as empresas não apresentem novas propostas.

"Vamos começar por nossa parte, mas é um movimento do Estado de São Paulo inteiro", disse Claros. Além dos trabalhadores de São José dos Campos, cerca de 206 mil metalúrgicos da base da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM CUT-SP) devem cruzar os braços a partir da semana que vem.

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