GM: os trabalhadores afastados ainda terão direito a 13º salário, reajuste da campanha salarial de 2017 e participação nos lucros e resultados (Dado Galdieri/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 16 de maio de 2017 às 19h06.
Última atualização em 16 de maio de 2017 às 19h26.
São Paulo - Trabalhadores do complexo fabril da General Motors em São José dos Campos (SP) aprovaram nesta terça-feira plano da empresa para afastar do trabalho por seis meses até 1.500 metalúrgicos, sob a condição da empresa dar garantia de emprego a todos os 5 mil funcionários da unidade até fevereiro de 2018.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a GM justifica a necessidade de afastamento dos funcionários entre 5 de junho e 4 de novembro pela situação do mercado interno, que acumula queda nas vendas de 2,4 por cento entre janeiro e abril deste ano sobre mesmo período de 2016.
Representantes da montadora não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto.
A entidade informou que os metalúrgicos atingidos pelo programa frequentarão cursos de qualificação profissional e "receberão o salário integral, sendo parte pago pela GM e parte pelo governo federal, por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)".
Os trabalhadores afastados ainda terão direito a 13º salário, reajuste da campanha salarial de 2017 e participação nos lucros e resultados, afirmou o sindicato.
A fábrica da GM em São José dos Campos fabrica a picape S10 e o utilitário esportivo Trailblazer, além de motores e sistemas de transmissão.
Apesar da GM liderar as vendas de veículos no Brasil este ano até abril, a maior parte dos licenciamentos da companhia são de modelos fabricados fora da fábrica de São José dos Campos.
Segundo dados da associação de concessionários Fenabrave, de janeiro a abril a GM vendeu 856 unidades da Trailblazer e 14.753 do Honda HRV, líder do segmento de SUVs.
A S10 teve vendas de 8.066 unidades e o Fiat Toro, 14.709 unidades, veículo que ocupa a liderança da categoria de picapes grandes da entidade.