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Metalúrgicos da Ford entram em greve após anúncio de fim de fábrica

Uma nova assembleia ocorrerá na próxima terça-feira, no dia 26. "Nós lutamos, fizemos de tudo para que isso não ocorresse", disse o coordenador do sindicato

Caminhões da Ford em São Bernardo do Campo em 2/4/2015 (Paulo Whitaker/Reuters)

Caminhões da Ford em São Bernardo do Campo em 2/4/2015 (Paulo Whitaker/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 21h22.

Em assembleia realizada no início da noite, os metalúrgicos da Ford decidiram entrar em greve contra o fechamento da fábrica em São Bernardo do Campo (SP). Uma nova assembleia ocorrerá na próxima terça-feira (26). "Nós lutamos, fizemos de tudo para que isso não ocorresse. Precisamos ir todos para a casa e retornar na semana que vem. Até lá é greve", disse o coordenador-geral do Comitê Sindical na Ford, José Quixabeira de Anchieta.

A Ford anunciou hoje (19) que encerrará as atividades na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A empresa também confirmou que deixará o mercado de caminhões na América do Sul. No Brasil, deixará de comercializar as linhas Cargo, F-4000, F-350 e Fiesta assim que terminarem os estoques.

"A manutenção do negócio teria exigido um volume expressivo de investimentos para atender às necessidades do mercado e aos crescentes custos com itens regulatórios sem, no entanto, apresentar um caminho viável para um negócio lucrativo e sustentável", disse a empresa em nota.

O sindicato retificou o número de trabalhadores na fábrica para 3.200 diretos e mil indiretos. Mais cedo, havia sido informado que eram 2.800 diretos.

A Ford tem três fábricas no Brasil, em Camaçari (BA), São Bernardo do Campo (SP) e Taubaté (SP), e um campo de provas em Tatuí (SP).

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