Linha de produção da Embraer, em São José dos Campos: segundo entidade que representa trabalhadores, Embraer repetiu proposta de reajuste salarial de 6,07% (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 16h33.
São Paulo - Os funcionários da Embraer ameaçam novas mobilizações por aumento salarial, como a que ocorreu na última terça-feira, 08, quando a linha de produção da companhia ficou paralisada por quatro horas.
A informação foi divulgada em comunicado nesta quinta-feira, 10, distribuído pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, cidade no interior paulista onde está localizada a empresa do setor de aeronáutica.
De acordo com a entidade que representa os trabalhadores, a Embraer repetiu a proposta de reajuste salarial de 6,07%, o que mostra, na opinião do sindicato, a intransigência da empresa. A categoria afirma que a oferta da Embraer apenas repõe a inflação do período de setembro de 2012 a agosto de 2013.
"Agora é avançar na mobilização e manter a união entre os trabalhadores da produção e do setor administrativo", disse o vice-presidente do sindicato e empregado da Embraer, Herbert Claros da Silva, na nota. Houve uma rodada de negociações nesta manhã na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
O comunicado informou que os metalúrgicos desejam 10% de reajuste, sem estabelecimento de teto e renovação das cláusulas sociais com inclusão da redução da jornada de trabalho e eleição de delegado sindical.
Os metalúrgicos afirmam que a categoria tem conquistado reajustes entre 8% e 10%. "Com a postura da Embraer e dos empresários do setor, os trabalhadores devem partir para novas mobilizações nos próximos dias, a exemplo do que foi feito esta semana", afirmou o texto.