Negócios

Mercedes insiste em demissão de 2 mil no ABC

Mesmo após greve e tentativa de negociação, Mercedes-Benz insiste que precisa demitir 2 mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo


	Linha de caminhões em São Bernardo: funcionários voltaram a protestar contra demissões na manhã desta quinta
 (CLAUDIO GATTI)

Linha de caminhões em São Bernardo: funcionários voltaram a protestar contra demissões na manhã desta quinta (CLAUDIO GATTI)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 09h19.

São Paulo - Trabalhadores de São Bernardo do Campo (SP) fizeram nesta quarta-feira passeata no centro da cidade em protesto contra demissões na fábrica de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz.

À tarde, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da montadora voltaram a negociar, mas a empresa insiste na necessidade de cortar 2 mil funcionários que considera excedentes.

A fábrica tem 9,8 mil trabalhadores. Na manhã desta quinta-feira, os funcionários voltam a realizar protestos e podem fechar parte da Rodovia Anchieta.

Greve está descartada pois a empresa deu licença remunerada a quase todos os funcionários por tempo indeterminado desde segunda-feira, quando iniciou o envio de telegramas de demissão.

A reunião se estendeu pela noite, mas, durante um intervalo, o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse que a negociação "está difícil pois a empresa não vê melhoras no mercado neste ano nem no próximo".

Na manifestação de quarta, que segundo o sindicato reuniu cerca de 7 mil pessoas, foram levados cartazes pedindo manutenção de empregos e a criação do programa de renovação da frota de veículos, antiga reivindicação da entidade e também das montadoras.

Ambos os lados creem que a medida poderá reaquecer o mercado pois incluiria incentivos para a troca de veículos velhos por mais novos, especialmente caminhões.

Na terça-feira, 16, o ministro do Desenvolvimento, Marcos Pereira, disse em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) que está empenhado com o projeto e pretende envolver os bancos públicos para facilitar o financiamento na troca. A intenção é que o programa comece a valer no próximo ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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